A edição de hoje
Lula da Silva vai estar na Malásia e na cimeira da ASEAN enquanto representante dos BRICS
O Brasil "opõe-se a medidas unilaterais coercivas que distorcem o comércio", disse esta quinta-feira o Presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, em Jacarta, capital da Indonésia, onde está desde quarta-feira.
"Tal como a Indonésia, o Brasil opõe-se a medidas unilaterais coercivas que distorcem o comércio e limitam a integração económica", declarou Lula da Silva num discurso depois de um encontro com empresários brasileiros e indonésios na capital do país asiático, que faz fronteira com Timor-Leste.
As palavras do chefe de Estado brasileiro foram proferidas antes de um possível encontro com o Presidente do Estados Unidos, Donald Trump, em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde ambos os líderes vão estar, por ocasião da cimeira de líderes da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), que decorre entre 26 e 28 de outubro naquela cidade.
A possibilidade de um encontro entre os dois chefes de Estado foi admitida, quarta-feira, por um alto responsável do Governo norte-americano, e pelo Governo brasileiro, que referiu existir "espaço" na agenda.
Lula da Silva vai estar na Malásia e na cimeira da ASEAN enquanto representante dos BRICS - que inclui, além do Brasil, a Rússia, a China, a Índia, a África do Sul, entre outros.
O encontro, a acontecer, ocorrerá num contexto de tensão comercial, depois de os Estados Unidos terem imposto tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, na sequência do julgamento em que o ex-Presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado.
Os dois chefes de Estado encontraram-se na última Assembleia-Geral das Nações Unidas, realizada em setembro, em Nova Iorque, tendo iniciado uma reaproximação a que se seguiu uma chamada telefónica, na qual o Presidente brasileiro propôs ao seu homólogia norte-americano um encontro durante a cimeira da ASEAN.
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