Campanha para as eleições gerais moçambicanas termina oficialmente no domingo, mas Lutero Simango encerrou oficialmente este sábado a campanha em Nampula.
O candidato presidencial Lutero Simango, líder do Movimento Democrático Moçambicano (MDM), afirmou este sábado que chegou a "hora da mudança" e de os "vermelhos" saírem do poder, ao fechar oficialmente, em Nampula, a campanha para as eleições de quarta-feira.
"Nós já fizemos a campanha em todo o país. E aqui em Nampula estou pela segunda vez. Fiz a campanha eleitoral terra a terra, a falar com os eleitores e a falar com o nosso povo e a dizer a todos que já chegou a hora das mudanças. E a mudança significa: aqueles vermelhos devem sair do poder", afirmou Lutero Simango, aludindo à cor da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder desde 1975).
"Em 49 anos, o que fizeram por nós? (...) É a vez dos moçambicanos fazerem mudanças", questionou, perante os apoiantes, criticando a Frelimo.
A campanha para as eleições gerais moçambicanas arrancou em 24 de agosto e termina oficialmente no domingo, mas Lutero Simango, um dos quatro que concorrentes à sucessão de Filipe Nyusi como Presidente da República, encerrou oficialmente este sábado a campanha em Nampula, centro de Moçambique.
"Fiz a campanha eleitoral. Falei com todos, sem usar nenhum papel na mão. Aquilo tudo o que eu falei está aqui na cabeça e não precisei de usar papel. Isto significa que o manifesto eleitoral do MDM é manifesto na verdade. E é por isso que estou aqui para pedir o vosso voto", disse ainda.
Simango recordou o compromisso de criar um Tribunal de Contas em Moçambique e de acabar com o "roubo" dos dinheiros públicos.
"Vamos acabar com o roubo do dinheiro do Estado. Vamos acabar. Todo aquele, na governação do Lutero Simango e do MDM, que roubar o dinheiro do Estado, vai ser julgado, condenado e posto na cadeia, porque ninguém tem o direito de roubar o dinheiro do Estado (...) E é por isso que os vossos filhos estudam no chão e quando vão ao hospital não há medicamentos", disse.
O líder do terceiro partido representado no parlamento moçambicano, e que se estreia este ano na corrida eleitoral à Presidência da República, insistiu que as grandes empresas que exploram os recursos naturais de Moçambique "devem pagar impostos" no país e prometeu rever os contratos com as multinacionais que exploram gás natural no país.
"Vamos renegociar o contrato destas empresas. Está claro", questionou, ao dirigir-se aos apoiantes.
"Vou fazer. Vou Fazer", insistiu, sobre os compromissos assumidos na campanha eleitoral.
Entre estes, apontou ainda, conta-se a aposta nos recursos do país que são exportados em bruto e que devem passar a ser "tratados e processados em Moçambique", como a madeira ou minérios raros.
"É a forma de dar emprego aos moçambicanos", garantiu, prometendo que o país vai também "produzir medicamentos básicos".
"Assumi o compromisso que na governação do MDM vamos governar para beneficiar todos os moçambicanos. Na nossa governação não vai haver moçambicanos de primeira nem de segunda. Vamos tratar a todos de forma igual", disse.
Moçambique realiza na próxima quarta-feira as sétimas eleições presidenciais - às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos - em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar na quarta-feira, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.
Concorrem ainda à Presidência da República Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceira força parlamentar, e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (Podemos).
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.