Grupos terroristas atacaram a pronvíncia de Nampula.
Mais de 66 mil pessoas fugiram na última semana de dois postos administrativos de Memba, na província moçambicana de Nampula, devido a ataques de grupos terroristas, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
De acordo com o mais recente relatório do terreno daquela agência das Nações Unidas, a verificação conjunta entre a OIM e as autoridades locais "confirmou o deslocamento de 13.131 famílias", cerca de 66.143 pessoas, entre 16 e 22 de novembro, do distrito de Memba para o de Eráti, ambos em Nampula.
As populações, incluindo, segundo a OIM, 1.050 idosos, 786 grávidas e 43.973 crianças, fugiram dos postos administrativos de Mazua e Chipene, próximos à vizinha província de Cabo Delgado, onde estes grupos terroristas operam há mais de oito anos.
"Os recentes ataques de grupos armados não estatais no distrito de Memba, província de Nampula, entre 10 e 17 de novembro, desencadearam novos deslocamentos, agravando a escalada da violência em Cabo Delgado e no norte de Moçambique em 2025", lê-se no relatório da OIM.
Acrescenta que "mulheres, meninas, idosos e pessoas com deficiência enfrentam vulnerabilidades ainda maiores", incluindo situações de Violência Baseada no Género (VBG).
"A perda de documentos civis e a presença de crianças desacompanhadas ou separadas agravam ainda mais esses riscos", alerta a OIM.
O documento aponta que só em Alua Sede estão concentradas 49.924 deslocados, em Miliva mais 8.895 e na Escola Primária de Alua Velha mais 7.324, mas sublinha que "as áreas de acolhimento permanecem superlotadas e improvisadas, expondo as famílias aos perigos da estação chuvosa, ao risco de cólera e a preocupações com a proteção".
Pelo menos cinco pessoas morreram nos recentes ataques extremistas em Memba, norte de Moçambique, disse em 18 de novembro o governador da província de Nampula, alertando que o número pode aumentar devido à falta de informação de zonas ainda inacessíveis.
"São exatamente cinco óbitos, entre degolamento e tiro. O que temos neste momento é isso. Pode ser que haja mais, onde a gente não tenha informação", disse então o governador, Eduardo Abdula, em declarações aos jornalistas.
As autoridades governamentais da província de Nampula tinham avançado antes que pelo menos três pessoas morreram no distrito de Memba, em ataques nos dias anteriores atribuídos a supostos terroristas oriundos de Cabo Delgado e que, nestas ações, incendiaram 101 casas de populares, viaturas, uma moageira e "raptaram alguns cidadãos".
A instabilidade levou ainda à suspensão de vários projetos públicos em Memba, incluindo a construção de um centro de saúde e o sistema de abastecimento de água do distrito.
Elementos associados ao grupo extremista Estado Islâmico reivindicaram a autoria de pelo menos dois ataques na província moçambicana de Nampula, provocando a morte de cinco cristãos, noticiou anteriormente a Lusa.
Na reivindicação, feita através dos canais de propaganda do grupo, refere-se que num dos ataques a uma aldeia "capturaram e mataram quatro cristãos a tiro" e que queimaram uma igreja. Noutro local assumiram que mataram um cristão e queimaram duas casas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.