Presidente português falava perante o presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que esta terça-feira o recebeu no Palácio da Presidência.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, lembrou esta terça-feira em Bissau o passado colonial, considerando que Portugal atuou "nem sempre bem, muitas vezes mal", mas foi ao longo da sua História plataforma entre culturas e civilizações.
Marcelo Rebelo de Sousa falava perante o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que esta terça-feira o recebeu no Palácio da Presidência, na capital guineense, durante a sua visita oficial a este país.
Depois de ouvir Umaro Sissoco Embaló considerar que a sua presença na Guiné-Bissau é "mais importante do que a visita de Joe Biden", porque não está em causa o dinheiro, mas a amizade, o Presidente português concordou.
Marcelo Rebelo de Sousa disse ao seu homólogo que "encontrará certamente outros países com mais dinheiro para investir, com mais poder económico no mundo, com mais ambições geopolíticas no universo", mas "não encontrará muitos mais países como Portugal, capazes de fazer plataformas entre culturas, civilizações, oceanos e continentes".
"Fê-lo ao longo da sua História, nem sempre bem, muitas vezes mal. O passado colonial é um passado que nós assumimos em plenitude, também naquilo que nele não foi positivo. Mas é isto que explica esta plataforma", acrescentou.
Segundo o chefe de Estado português, esse é o motivo pelo qual há pela primeira vez "um português secretário-geral das Nações Unidas", António Guterres, porque conseguiu "a aproximação de pontos de vista de americanos e russos e chineses e franceses e britânicos".
"E vamos ver se duas vezes", observou.
Marcelo Rebelo de Sousa nunca tinha estado na Guiné-Bissau como Presidente da República. Chegou na segunda-feira à noite para uma visita oficial que termina hoje ao fim do dia - a primeira de um chefe de Estado desde 1989.
A Guiné-Bissau foi a primeira colónia portuguesa em África a tornar-se independente. A independência foi proclamada unilateralmente em 24 de setembro de 1973, decorrida uma década de luta armada, reconhecida de imediato pelas Nações Unidas e por Portugal um ano mais tarde, a seguir ao 25 de Abril, em 10 de setembro de 1974.
Há menos de um mês, na sessão solene comemorativa do 47.º aniversário do 25 de Abril na Assembleia da República, Marcelo Rebelo de Sousa centrou o seu discurso no passado colonial português e pediu que se olhe para a História sem temores nem complexos, procurando unir e combater intolerâncias, com a noção de que há diferentes vivências e perspetivas em relação a esse período.
Na sua intervenção, falou dos jovens portugueses que foram combater - realçando que entre eles estiveram os militares que fizeram o 25 de Abril -, mas também dos que se exilaram para não participar na guerra colonial, dos que viviam em África e voltaram e dos que ficaram, dos africanos que combateram contra as forças portuguesas, mas também dos que lutaram do lado de Portugal, das populações que sofreram com a colonização, das novas gerações emocionalmente distantes deste passado.
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