Determinadas doenças podem não se manifestar nas primeiras análises clínicas.
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Apesar dos exames clínicos revelarem que as crianças retiradas da gruta estão "a recuperar bem", os médicos mostram-se preocupados com a possibilidade de terem contraído alguma doença.
O resgate das 12 crianças e do treinador foi concluído com sucesso, mas o trabalho junto do grupo de jovens está longe de ter terminado.
"É a missão mais difícil que já fiz", afirma mergulhador envolvido na missão da Tailândia
"Há doenças que podem ter sido contraídas e que não são logo detetadas nos resultados dos primeiros exames. Estas crianças estiveram expostas a um ambiente muito específico, onde podem ter apanhado doenças resultante, por exemplo, do contacto com insetos e morcegos", explicou ao CM a especialista em medicina geral e familiar Cristiana Teixeira Silva.
Apesar de não ter tido oportunidade de examinar as crianças, a médica reforçou que "é importante que fiquem um período em incubação e que façam exames de despistagem".
Segundo o ministro da Saúde tailandês, as crianças chegaram ao hospital "com temperaturas corporais muito baixas, com várias debilidades no sistema imunitário", algumas delas apresentavam "irregularidades pulmonares" e "batimento cardíaco abaixo do esperado".
Para além disso, os exames médicos revelaram infeções numa grande parte do grupo, que não foram especificadas. Jesada Chokdamrongsuk avançou ainda que o primeiro grupo de crianças resgatadas "está a recuperar bem" e "já pede comida, mas, para já, estão a ser submetidas a uma dieta restrita".
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A médica Cristiana Teixeira Silva disse ao CM que é "importante que nesta fase a reintrodução alimentar e hídrica seja feita de forma faseada, uma vez que as crianças estiveram vários dias a passar fome e sede".
O ministro da Saúde tailandês garantiu que as crianças "estão felizes por estarem fora da gruta" e a ser acompanhadas por um grupo de psicólogos.
Meditação pode ser essencial
Dentro da gruta, o treinador ensinou às crianças técnicas de meditação para conseguirem manter a calma. "Durante o processo hospitalar, a meditação também pode ajudar a recuperar", explicou ao CM Wenqian Chen, especialista em medicina chinesa.
"Há quantos dias estamos aqui?" Foi uma das primeiras perguntas que um dos doze jovens fez aos mergulhadores britânicos que os encontraram na gruta. A ausência total de luz altera os ciclos de sono e faz com que o ser humano não seja capaz de ter a noção correta do passar dos dias e das noites.
Convite para estágio no Seixal Uma semana no centro de estágios do Seixal. Foi este o convite que o Benfica fez aos jovens resgatados na Tailândia, através do embaixador daquele país em Portugal. "Todas as despesas inerentes à deslocação serão suportadas pelo Benfica", acrescenta o clube da Luz na carta enviada à embaixada e assinada por Luís Filipe Vieira.
"Acreditamos que este simples gesto possa contribuir para que aqueles rostos reencontrem a felicidade e o sorriso", rematou o dirigente dos encarnados.
Já o presidente da Liga, Pedro Proença, pediu uma audiência ao embaixador tailandês, com o objetivo de convidar os Javalis Selvagens a assistirem à final da Taça da Liga, agendada para janeiro de 2019, em Braga.
Há, contudo, um convite que os jovens não podem aceitar, por razões de saúde: deslocar-se à Rússia para a final do Mundial, como era desejo da FIFA. Mas "é provável que assistam ao jogo pela televisão", disse Lertwilairatanapong, do Ministério da Saúde tailandês.
PORMENORES
Óculos de sol
Os jovens estiveram num ambiente de total escuridão e, por isso, no hospital têm usado óculos de proteção solar para que a transição não seja agressiva.
Sem televisão
As crianças não podem ver televisão no hospital. O caso tem sido noticiado a nível mundial e qualquer notícia mais alarmista pode afetar a recuperação.
Frango e chocolate
Os primeiros jovens resgatados pediram frango frito e pão barrado com chocolate. Mas a alimentação no hospital é à base de alimentos de fácil digestão.
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