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Menina de 11 anos vence leucemia, mas morre após prescrição elevada de morfina

Pais de Ava entraram com uma ação judicial contra o hospital em que a criança era seguida.

22 de junho de 2025 às 19:37

Ava Wilson, de 11 anos, estava fase de remissão de leucemia quando foi levada, no dia 29 de outubro de 2020, pela mãe ao hospital para ser avaliada. Os sintomas do cancro de Ava tinham diminuído após o tratamento. A menina não tinha uma "leucemia detetável no sangue", mas chorava de dores e tinha dificuldade em caminhar pelo hospital, segundo o The Mirror.

Para reduzir as dores, os médicos do Hospital Advocate Children's em Park Ridge, Illinois, nos Estados Unidos da América, prescreveram-lhe uma dose "letal" de analgésicos. 

De acordo com a mesma fonte, foi prescrito à menor uma elevada dose de morfina, hidroxizina e gabapentina por parte da equipa do hospital após os exames médicos revelarem que Ava tinha "baixa contagem de plaquetas, baixa contagem de células sanguíneas e enzimas hepáticas elevadas", além da pressão arterial baixa. Depois da prescrição, os especialistas mandaram a criança para casa.

A prescrição médica dizia para Ava podia tomar 100 miligramas de gabapentina três vezes ao dia e 15 miligramas de morfina a cada quatro horas, após a consulta médica do dia 29 de outubro. A quantidade de morfina prescrita era o triplo da quantidade apresentada em prescrições médicas anteriores. 

Durante a noite de 31 de outubro, 36 horas após a prescrição, a Ava acabou por morrer enquanto estava a dormir em casa. Em causa esteve a "toxicidade aguda combinada de morfina, hidroxizina e gabapentina", afirmaram os advogados da família. 

Os pais de Ava entraram com uma ação judicial por homicídio contra o hospital, alegando que a equipa médica devia ter internado a criança para controlar a pressão arterial e a frequência cardíaca.

Durante o julgamento no Condado de Cook, em Illinois, os advogados que representavam o hospital alegaram que os medicamentos prescritos estavam "dentro da faixa recomendada", defendendo que os sintomas de Ava eram consistentes com as complicações da leucemia. 

Na passada quinta-feira, o tribunal concedeu à família da menor uma indeminização no valor de 20,5 milhões de dólares (17,79 milhões de euros) por "perdas sociais e futuras, além do luto, tristeza e sofrimento mental passados e futuros". 

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