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Menina pressentiu cancro da irmã gémea

Criança demonstrou sintomas sem ter a doença, que viria a ser diagnosticada meses depois.

25 de março de 2018 às 14:50

Uma menina escocesa de 11 anos, sem quaisquer problemas de saúde, apresentou sintomas de cancro ao longo de vários meses. O diagnóstico viria a confirmar-se, mas na sua irmã gémea. O caso desta criança que ‘pressentiu’ o cancro da irmã está a gerar grande curiosidade.

A família das gémeas Megan e Sophie Walker já temia o pior quando uma das filhas começou a perder peso sem explicação e a sofrer de exaustão e náuseas. Megan estava cada vez mais pálida e sem energia mas os médicos não conseguiam perceber o que estava mal com a menina.

Os médicos fizeram vários exames para despistar aquela que era a grande suspeita, que Megan estava com cancro. Os testes deram todos negativo e a família ficou aliviada.

Infelizmente, dois meses depois, Sophie deu entrada nas urgências do hospital com o que os pais suspeitavam que fosse uma gastroenterite. O diagnóstico de cancro veio a confirmar-se: Sophie tinha um tumor de grandes dimensões num rim, mas não tinha quaisquer sintomas. Quem os tinha era a irmã.

"Ficámos de coração partido. Estávamos de férias e, enquanto a Sophie parecia bem e estava aos mergulho na piscina, a Megan era a nossa grande preocupação. Estava pálida como um fantasma e mal se conseguia mexer. Quando me disseram que era a Sophie quem tinha cancro não quis acreditar, achei impossível. Os médicos acham que esta ‘troca’ está mesmo relacionada com o facto de serem gémeas e que a Megan tinha os sintomas da Sophie", explica Rebecca, a mãe das meninas, que tem mais sete filhos para além das gémeas.

Megan foi operada em janeiro e o tumor foi retirado com sucesso. A menina está agora a ser sujeita a tratamentos de quimo e radioterapia, que deverão prolongar-se até junho.

Helen Turier da Associação de Gémeos e Nascimentos Múltiplos inglesa explica que o que aconteceu a estas irmãs tem explicação.  "É comum que um dos irmãos assuma o papel de ‘gémeo cuidador’, por isso é que a Megan exibia os sintomas do que a Sophie deveria sentir. É como se fosse um  mecanismo de proteção", explica.

A mãe das meninas refere a ligação muito forte entres as gémeas. "Elas falam em uníssono, têm os mesmos gostos e até na escola as notas são iguais. Agora estamos todos numa fase positiva. Tudo indica que a Sophie vai recuperar não tarda nada. Tudo o que eu quero é que os meus filhos tenham vidas longas e felizes", finaliza Rebecca.

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