Chanceler alemã apelou aos alemães para continuarem a levar a sério a ameaça pandémica.
A chanceler alemã Angela Merkel disse esta sexta-feira esperar uma evolução da pandemia da Covid-19 "ainda mais difícil" no outono e no inverno do que no verão, apelando aos alemães para que continuem a levar a sério a ameaça.
A resposta da Alemanha à pandemia provocada pelo novo coronavírus é considerada relativamente bem-sucedida, mas o país regista nas últimas semanas um novo aumento de casos, em média 1.500 ao dia, o que levou as autoridades a impor novas restrições.
"Algumas coisas vão ser ainda mais difíceis nos próximos meses do que foram no verão", advertiu Merkel numa conferência de imprensa em Berlim.
"Vamos ter de viver com este vírus durante muito tempo ainda [...]. A situação permanece grave, é preciso levá-la a sério", acrescentou.
A chanceler explicou que, durante o verão, todos beneficiaram de "uma liberdade e uma proteção relativa dos aerossóis" que "a vida ao ar livre" permite, mas alertou que essas condições vão mudar.
"Nada será como antes da pandemia, ela atinge-nos duramente e de uma forma existencial", frisou.
Como vários outros países europeus, a Alemanha regista nas últimas semanas um novo aumento de casos, com 1.500 novos casos diários em média, números que não se registavam desde finais de abril.
No pico da epidemia, em março e abril, o país diagnosticava cerca de 6.000 casos/dia. Em finais de junho, os novos casos andavam na ordem os 350 por dia, começando a aumentar para 800 a 950 em julho e ultrapassando os 1.000 no princípio de agosto.
Desde o início da pandemia, a Alemanha registou 239.507 casos de infeção pelo SARS-CoV-2 e 9.288 mortes, segundo números oficiais de quinta-feira.
Merkel reuniu na quinta-feira, por videoconferência, com os dirigentes dos 16 estados federados da Alemanha, competentes em matéria de saúde, para harmonizar novas medidas para travar a propagação do vírus.
Entre as medidas aprovadas figuram o prolongamento até ao final do ano da proibição de reuniões ao ar livre de mais de 50 pessoas, o reforço do controlo dos períodos de quarentena, com novas multas previstas, e multas também, de 50 euros, para quem não use máscara nos locais onde é obrigatório.
"Os alojamentos coletivos, os eventos, as celebrações e a mobilidade ligada às férias são particularmente propícios à propagação do vírus", lê-se no documento aprovado.
"Grande parte das novas infeções ocorre em festas privadas", disse Merkel após a reunião, da qual saiu um apelo aos cidadãos para que limitem ao máximo os contactos com outras pessoas, mantenham sempre uma distância mínima de 1,5 metros e privilegiem os encontros ao ar livre.
A partir de outubro, os viajantes que regressem de países ou regiões considerados de risco - atualmente 160 países que não pertencem à UE e ainda Espanha, com exceção das Canárias, e regiões de França, Bélgica, Bulgária, Croácia e Roménia - vão ter de fazer uma quarentena de pelo menos cinco dias, ao fim dos quais podem fazer um teste e, se o resultado for negativo, suspender o isolamento.
A partir de 15 de setembro, os testes, gratuitos desde julho, passarão a ser pagos pelos viajantes provenientes de países de risco.
Insistindo na recomendação para que não sejam feitas viagens para zonas de risco, o acordo prevê que não haja compensação económica pelos dias de ausência ao trabalho devido a quarentena para quem viajar para essas zonas sem um motivo válido.
Na conferência de imprensa de hoje, a chanceler apontou como prioridades garantir que as crianças têm acesso à educação apesar da pandemia, a reativação da economia e a manutenção da coesão social.
Merkel aludiu ao "histórico" fundo de recuperação aprovado em julho pelos líderes da União Europeia (UE) e ao "forte impulso" da Alemanha e de França para esse resultado, sublinhando que o desafio agora é que ele seja aprovado pelo Parlamento Europeu, para que possa estar disponível na primeira metade de 2021.
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