A edição de hoje
Abdicará em abril de 2019 e fez este domingo o último discurso de aniversário.
O imperador japonês fez este domingo o seu último discurso de aniversário, em Tóquio. Mais de 82 mil pessoas foram dizer adeus a Akihito, que cumpriu 85 anos e em abril de 2019 abdica do trono após três décadas de reinado, sendo o primeiro monarca japonês a fazê-lo em 200 anos.
Num discurso breve mas pautado pela emoção, Akihito afirmou-se grato por ter visto o seu reinado passar sem que o Japão se visse envolvido numa nova guerra. O imperador agradeceu aos japoneses e à mulher, a imperatriz Michiko, pelo apoio constante.
Dedicou também uma nota de pesar "aos que perderam familiares e amigos, ou que viram as suas vidas afetadas" pelas tragédias naturais dos últimos anos no Japão, nomeadamente o tsunami de 2011, que matou mais de 18 mil pessoas e forçou a fuga de quase 500 mil residentes da região de Fukushima, no leste do Japão.
Apesar de ser uma figura simbólica sem poder executivo, Akihito dedicou o reinado a lembrar o passado militar recente do Japão durante a Segunda Guerra Mundial, quando reinava o seu pai, Hirohito, e pediu desculpa à China e às duas Coreias.
Antes do aniversário, o imperador voltou a sublinhar a importância de "não esquecer as inúmeras vidas perdidas na Segunda Guerra Mundial".
O imperador foi operado ao coração e tratado a um cancro na próstata, o que o levou a decidir deixar o trono ao filho, Naruhito. A última vez que um imperador japonês abdicou foi em 1817.
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