Sentença condenou Bowe Bergdahl a expulsão desonrosa das Forças Armadas e ao pagamento de uma multa de 8.614 euros.
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Um tribunal militar norte-americano decidiu esta sexta-feira que o sargento Bowe Bergdahl, que abandonou o posto no Afeganistão e foi feito prisioneiro pelos talibãs, não vai cumprir pena de prisão.
A sentença, favorável em relação aos crimes de que era acusado, condenou Bergdahl a expulsão desonrosa das Forças Armadas e ao pagamento de uma multa de 10.000 dólares (8.614 euros).
O caso, julgado pelo tribunal de Fort Bragg, na Carolina do Norte, foi muito politizado em torno das consequências que a decisão do militar teve nas vidas de outros e da troca de prisioneiros, autorizada pelo ex-presidente Barack Obama, que permitiu a libertação de Bergdahl.
O atual presidente, Donald Trump, então em campanha eleitoral, afirmou que Bergdahl era "um traidor" e "devia ter sido executado".
Bergdahl era um soldado de 23 anos quando, em junho de 2009, ao fim de cinco meses no Afeganistão, abandonou o posto de vigia perto da fronteira com o Paquistão para, alegou, se juntar a outra unidade e denunciar disfunções daquela a que pertencia.
Raptado pelos talibãs, foi mantido cinco anos em cativeiro, até que em 2014 foi entregue a forças especiais norte-americanas em troca de cinco talibãs detidos em Guantánamo.
No processo judicial, Bergdahl declarou-se culpado de deserção e comportamento impróprio face ao inimigo, crimes pelos quais podia ser condenado a prisão perpétua.
A acusação pedia uma sentença exemplar, que compensasse os ferimentos sofridos por militares envolvidos em operações de busca após o desaparecimento do sargento, numa altura em se pensava que tinha sido capturado pelo inimigo.
A defesa tentou contrariar essa linha apresentando testemunhos do sofrimento suportado pelo militar no cativeiro, o seu contributo para os serviços de informações militares e os problemas mentais de que padece.
Em tribunal, Bargdahl lamentou os ferimentos sofridos por militares em missões de busca e descreveu espancamentos que sofreu durante o cativeiro e os problemas de saúde que teve devido às condições em que foi mantido.
Um psiquiatra descreveu por seu turno ao tribunal problemas mentais do acusado e explicou a decisão de abandonar o posto com uma condição designada desordem de personalidade esquizotípica, que dificulta a avaliação das consequências dos atos, e stress pós-traumático causado em parte por uma infância difícil.
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