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Militares brasileiros reforçam segurança na fronteira com a Venezuela

Populares atacaram imigrantes venezuelanos. Centenas fogem com medo da violência.

21 de agosto de 2018 às 01:30

O presidente brasileiro Michel Temer anunciou esta segunda-feira o envio de reforços militares para o estado de Roraima, que faz fronteira com a Venezuela, depois dos violentos confrontos entre populares brasileiros e imigrantes venezuelanos que fogem da fome e da ditadura de Nicolás Maduro.

No fim de semana, após um assalto a um comerciante brasileiro atribuído a refugiados venezuelanos, dezenas de moradores atacaram e incendiaram os dois maiores campos de refugiados de Pacaraima, a cidade mais perto da fronteira com a Venezuela e por onde têm entrado milhares de famílias que fogem da crise e violência no país vizinho.

Mais de 1200 venezuelanos que tinham procurado refúgio no Brasil fugiram apavorados para a cidade de Santa Helena, já na Venezuela, onde hostilizaram brasileiros e vandalizaram carros com matrícula do Brasil.

Esta segunda-feira, o clima em Pacaraima era mais calmo, mas a tensão entre brasileiros e venezuelanos continuava.

Nos últimos meses, várias casas que alojam refugiados da Venezuela foram atacadas e incendiadas por brasileiros, e outros refugiados foram atacados e insultados nas praças e ruas onde se aglomeram por falta de vagas nos abrigos.

Os brasileiros queixam-se de que o elevado número de refugiados lota os serviços de saúde e tira os poucos empregos que existem.

A governadora do estado, que já chegou a pedir o encerramento da fronteira, denunciou esta segunda-feira que há mais de um ano que pede em vão a ajuda do governo.

Reconversão tira cinco zeros ao bolívar        

A Venezuela tem desde esta segunda-feira duas novas moedas, o Bolívar Soberano e o Petro, numa reconversão monetária que visa aliviar a inflação galopante.

A primeira, que substitui o atual Bolívar Forte, corta cinco zeros ao valor da anterior moeda, ao passo que a segunda é uma criptomoeda que passa a ser de uso obrigatório em todas as transações da petrolífera estatal e que equivale a 3600 Bolívares Soberanos.

Será igualmente usada como indexante para fixar o valor do salário mínimo e o preço dos produtos essenciais.

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