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Ministro da Justiça francês diz que assalto ao Louvre prejudica imagem do país e aponta falha nos serviços de segurança

Caso está a ser investigado pelas autoridades francesas e museu permanece fechado ao público. Uma das scooters utilizada para a fuga terá já sido recuperada.

20 de outubro de 2025 às 10:42

O assalto ao Museu do Louvre ocorrido no domingo deu uma imagem negativa à França, porque implicou uma falha nos serviços de segurança, referiu o ministro da Justiça francês, Gerard Darmin, em entrevista à radio France Inter. O Museu permanece fechado e os peritos prosseguem com a investigação do sucedido, depois de terem sido furtadas oito peças "num valor inestimável", de acordo com o Ministério da Cultura do país. Os assaltantes deixaram cair uma das peças enquanto fugiam, de scooter.

A nona peça, deixada para trás, era a coroa da imperatriz Eugénia, esposa de Napoleão III. De acordo com a procuradoria de Paris, um dos suspeitos tinha um colete refletor amarelo, peça já recolhida pelas autoridades.

"O que é certo é que falhámos", referiu o ministro da Justiça. Darmin acredita que a polícia acabará por prender os suspeitos, ainda não identificados pelas autoridades. As primeiras indicações do desenrolar da investigação indicavam que estariam a ser procurados quatro indivíduos, no entanto, o número de pessoas que invadiu o museu não é ainda dado como certo pelas autoridades francesas.

Os assaltantes tiveram acesso ao prédio através do cais do rio Sena e usaram o elevador de carga para terem entrada direta para a Galleria Apollo, de onde foram roubadas as peças, segundo o Le Parisien. 

De acordo com o comunicado emitido pelo Ministério da Cultura francês, depois de disparado o alarme do museu, os funcionários seguiram o protocolo estabelecido, tendo os visitantes sido retirados.

Entre as peças roubadas está um colar de safiras da rainha Maria Amélia, com 631 diamantes, uma tiara da imperatriz Eugénia e outros conjuntos de jóias. 

O presidente francês, Emmanuel Macron, veio no domingo reagir ao assalto, que classificou como "um ataque a um património que faz parte da história". "Recuperaremos as obras e os autores serão levados à justiça", referiu numa publicação feita na rede social X.

Uma das scooters em que os assaltantos fugiram terá já sido encontrada, adianta a Angece France-Presse.

O último assalto ao Louvre foi em 1998, também em plena luz do dia, onde foi roubada uma tela do pintor francês Jean-Baptiste Camille Corot, que nunca chegou a ser recuperada, como recorda o jornal francês Le Monde.

O Museu vai permanecer encerrado ao público durante esta segunda-feira, segundo uma nota emitida na rede social X. "Após o assalto de ontem ao Louvre, o museu lamenta informar que permanecerá fechado ao público. Visitantes que já reservaram os ingressos serão reembolsados", pode ler-se.

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