Estudante de doutoramento em farmácia sente-se responsável por defender meninas e mulheres que não têm acesso a educação.
A Miss América 2020 e estudante de doutoramento em farmácia, Camille Schrier, disse esta quarta-feira à agência Lusa se sente responsável por defender meninas e mulheres que não têm acesso a educação ou são vítimas de estereótipos na ciência.
"Há meninas em todo o mundo que nem sequer têm a oportunidade de obter um nível de educação para irem para uma carreira científica", explicou Camille Schrier, acrescentando que se sente responsável pelo "papel de poder falar" e contribuir, à margem das celebrações do Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, assinalada com uma assembleia na Organização das Nações Unidas (ONU).
A aspirante a doutorada discursa hoje na cerimónia de encerramento da assembleia - com o tema "Investimento para igualdade na ciência, tecnologia e inovação na era da digitalização para crescimento ecológico inclusivo" - ao lado da diplomata e filha de Malcolm X, Attallah Shabazz e do médico turco premiado Ercan Kesal.
Licenciada com distinção em bioquímica na Universidade de Virgínia e agora frequentadora de uma das melhores escolas de farmácia dos EUA, a estudante de 24 anos defende mais participação das mulheres nas ciências.
Apesar de se considerar com sorte por não lhe serem atribuídos estereótipos de género no percurso académico e profissional nas ciências, Camille Schrier reconheceu que o sexismo "ainda existe", tanto nos Estados Unidos como no resto do mundo.
Por outro lado, a Miss América 2020 contou à agência Lusa que membros da comunidade científica põem em causa a razão de concorrer ao título de beleza, sendo uma "mulher instruída".
"Tenho encontrado mais pessoas na comunidade científica que me perguntam porque diabos quero ser Miss América, que é visto como um papel de rainha da beleza. E perguntam: Porque havias de fazer isso se és uma mulher instruída?" disse Camille Schrier, estudante de vários professores portugueses nos Estados Unidos.
Camille Schrier disse que o concurso de beleza Miss América, que ganhou em dezembro de 2019, lhe deu uma soma de dinheiro que paga dois anos de propinas do ensino superior, cerca de 75.000 dólares (68,9 mil euros).
A aspirante a doutorada em farmácia defendeu que o processo do concurso "paga a educação" e "dá oportunidades de levar a carreira mais longe".
A detentora do título de beleza realizou experiências químicas em palco para as demonstrações de talento no concurso Miss América e desenvolveu uma iniciativa de campanha de prevenção contra o abuso ou uso incorreto de medicamentos.
A assembleia da ONU para marcar o dia internacional pela quinta vez foi coorganizada por Portugal e sete outros países, ao lado de diversas organizações internacionais, com o tema "Investimento para igualdade na ciência, tecnologia e inovação na era da digitalização para crescimento ecológico inclusivo".
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