Campanha para as presidenciais terminou este domingo.
O chefe da Missão de Observação Eleitoral da CPLP (MOE-CPLP) às eleições moçambicanas de quarta-feira, o português João Gomes Cravinho, reconheceu este domingo o ambiente pacífico e "exemplar" em que decorreu a campanha que encerra este domingo, face a anteriores.
O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal reuniu-se este domingo com chefes de outras missões de observação eleitoral que já se encontram em Maputo, nomeadamente dos países da África austral e da União Africana, além de candidatos, sendo esta conclusão sobre o decurso do processo eleitoral generalizada.
"Todos têm dado uma indicação positiva sobre a campanha até agora. Em termos do civismo, a nossa própria experiência de acompanhamento de ações de campanha eleitoral durante o dia de hoje também foi muito positiva", reconheceu João Cravinho, que esta tarde observou o comício de encerramento da campanha eleitoral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder).
"Todos têm, recolheram, as mesmas impressões, de que esta campanha tem sido muito boa, no sentido de todas as candidaturas poderem fazer o seu trabalho sem qualquer tipo de impedimento", apontou, desvalorizando pequenos incidentes, relacionados com a extensão e dimensão eleitoral do país.
"Há sempre um ou outro o incidente, mas isso também acontece nos nossos países e não são incidentes de valorizar. Isto é, não têm nenhum tipo de impacto sobre aquilo que são os milhares, milhares, de interações entre candidatos e eleitorado e que têm corrido de forma muito exemplar", acrescentou.
Notou igualmente que uma das candidaturas a estas eleições gerais assinalou tratarem-se das "mais calmas de que têm memória".
"É positivo porque isso significa que eleições são vistas com normalidade, o que deve ser o caso em democracia", disse ainda João Cravinho.
A MOE-CPLP conta 19 observadores, entre a capital e as províncias de Maputo, Gaza, Sofala, Zambézia e Nampula, e o relatório preliminar da observação do processo eleitoral será apresentado, previsivelmente, na sexta-feira.
"É evidente que com 19 pessoas vamos fazer uma amostra, vamos fazer uma identificação daquilo que nos parece ser uma variedade de tipos de contexto, portanto, zonas mais rurais, zonas mais urbanas. E estamos também em contacto com outras missões de observação eleitoral", explicou.
A expectativa, sublinhou Cravinho, passa por, a partir de uma "amostra muito limitada" ter "suficiente distribuição para dar uma indicação, não excessivamente enviesada, daquilo que é a realidade a nível nacional".
Além de Moçambique, são Estados-membros da CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Moçambique realiza esta quarta-feira as sétimas eleições presidenciais, às quais já não concorre o atual chefe de Estado, Filipe Nyusi, que atingiu o limite constitucional de dois mandatos, em simultâneo com as sétimas legislativas e quartas para assembleias e governadores provinciais.
A campanha eleitoral iniciou-se a 24 de agosto e termina este domingo.
Mais de 17 milhões de eleitores estão inscritos para votar, incluindo 333.839 recenseados no estrangeiro, segundo dados da Comissão Nacional de Eleições.
Concorrem à Presidência da República Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, Ossufo Momade, apoiado pela Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), o principal partido da oposição, Lutero Simango, apoiado pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e Venâncio Mondlane, apoiado pelo Podemos.
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