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Moçambique vai usar mecanismo "muito rigoroso" para humanização na saúde

Fortalecimento dos cuidados primários de saúde, incluindo em zonas rurais, vai contribuir para tornar o atendimento hospitalar cada vez mais humanizado.

12 de outubro de 2025 às 14:26

O ministro da saúde moçambicano, Ussene Isse, disse que o país vai passar a usar um mecanismo de controle interno "muito rigoroso" para a humanização e segurança dos pacientes, defendendo o fortalecimento dos cuidados primários de saúde.

"Nós vamos desencadear, daqui para frente, um mecanismo de controle interno muito rigoroso para juntos alcançarmos esta meta da humanização e da segurança dos nossos pacientes", disse Ussene Isse, citado hoje pela comunicação social.

Segundo o Governante, o fortalecimento dos cuidados primários de saúde, incluindo em zonas rurais, vai contribuir para tornar o atendimento hospitalar cada vez mais humanizado.

"Temos que fortalecer os cuidados primários. E fortalecer significa o quê? significa colocar condições de trabalho para o diagnóstico e tratamento das doenças do nosso (...) país", afirmou, reiterando também que as metas na saúde serão alcançadas com "trabalho e com vigilância".

Voltando a citar os recentes casos conhecidos de roubos de medicamentos nas unidades sanitárias, o ministro moçambicano voltou a declarar "tolerância zero" ao contrabando de fármacos no país.

Ussene Isse pediu na sexta-feira uma gestão criteriosa e transparente dos recursos, num contexto de redução dos meios financeiros, anunciando que o setor passará a implementar o mês da planificação a partir de 2026.

"Temos que tomar decisões estruturantes para o alcance da cobertura e do acesso universal à saúde", disse o ministro da saúde, durante a abertura da reunião do Conselho Coordenador do Ministério da Saúde, em Maputo.

A polícia moçambicana anunciou na terça-feira que duas pessoas foram detidas por alegado esquema de roubo de medicamentos no Hospital Central da Beira (HCB), segunda maior unidade hospitalar de Moçambique, na província de Sofala, centro do país.

Isse admitira em agosto que se "roubam muitos medicamentos" nos hospitais do país, referindo que "desaparece tudo" em menos de 15 dias após a distribuição dos fármacos nas unidades.

"Peço também vossa ajuda no controlo do roubo de medicamentos, rouba-se muito medicamento nos hospitais", disse o Governante, afirmando que o Estado moçambicano compra medicamentos que "até sobram" para o país, mas acabam em pouco tempo devido aos casos de furto.

Moçambique expulsou desde janeiro pelo menos 15 funcionários públicos do aparelho do Estado por envolvimento no furto de medicamentos nas unidades de saúde, noticiou a Lusa em 31 de julho.

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