Luís Montenegro visitou este sábado pela primeira vez a Ucrânia desde que é primeiro-ministro e esteve cerca de nove horas em Kiev.
O primeiro-ministro aconselhou este sábado serenidade quanto ao processo de paz na Ucrânia, mas afirmou ter dito ao Presidente Zelensky que se está "hoje mais próximo do que ontem", e muito mais do que há um ano, desse momento.
Luís Montenegro visitou este sábado pela primeira vez a Ucrânia desde que é primeiro-ministro e esteve cerca de nove horas em Kiev, numa visita que, apesar de curta em duração, considerou intensa e produtiva, num balanço feito à comunicação social portuguesa.
"O caminho faz-se caminhando, eu sinto que estamos mais perto, mas não quero é dizer que já estamos numa situação de ser irreversível a obtenção de uma paz justa e duradoura, porque ainda não o podemos garantir", considerou, reiterando que não pode haver paz sem a Ucrânia nem sem a União Europeia e admitiu que também os Estados Unidos e a Rússia são decisivos.
Questionado se considera que é exequível ou otimista pensar que a Ucrânia pode aderir em 2027 à União Europeia, Montenegro deu uma resposta cautelosa, tal como tinha feito na conferência conjunta com o Presidente da Ucrânia: "É desejável". Montenegro considerou a visita "muito construtiva e positiva também para o fortalecimento das relações bilaterais", falando mesmo num "ponto de viragem" ao nível das relações económicas.
"Nós juntamos a toda a cooperação militar que temos vindo a dar desde 2022, a toda a cooperação e apoio financeiro no período de guerra, uma perspetiva de reforço do nosso relacionamento político e económico para os próximos anos", disse. Além do acordo para produção conjunta de drones subaquáticos -- uma colaboração que "existe e que agora fica consumada" -, Montenegro destacou que os dois países estão também a "trabalhar de forma muito estreita" em áreas como a educação, o setor da energia e o apoio institucional e administrativo, "nomeadamente no que diz respeito ao processo de adesão da Ucrânia à União Europeia".
Questionado o que vai levar da visita de Kiev para Lisboa, Montenegro respondeu: "É um dos nossos, é um país aliado, é um país que, para além da relação bilateral que tem connosco, tem todas as condições para ser um parceiro do nosso projeto nos próximos anos". Acompanhado pelo ministro da Defesa, Nuno Melo, Luís Montenegro chegou a Kiev pouco depois das 08:00 da manhã, depois de uma noite no comboio vindo da Polónia.
Depois de uma breve paragem num hotel da capital ucraniana, o primeiro-ministro e comitiva seguiram para a sede do Conselho de Ministros, onde se encontrou com a primeira-ministra da Ucrânia, Yuliia Svyrydenko. Depois, Montenegro visitou o Muro da Memória, um memorial em homenagem dos milhares de soldados, voluntários e polícias que morreram desde 2014 na defesa do território ucraniano contra as milícias separatistas e o exército russo, e depositou uma coroa de flores no Monumento em Memória aos Soldados Caídos, na Praça Mykhailivska.
Estes pontos da agenda não puderam ser acompanhados pela comunicação social, o que foi justificado por razões de segurança, tal como a visita do primeiro-ministro a Verkhovna Rada, o parlamento ucraniano, onde se encontrou com o presidente deste órgão, Ruslan Stefanchuk.
A deslocação do primeiro-ministro português terminou com uma visita da comitiva à Catedral de Santa Sofia, que data originalmente do século XI e foi o primeiro edifício da Ucrânia a ser inscrito na lista de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Pelas 17:00 locais (15:00 em Lisboa), a comitiva embarcou novamente no comboio em direção a Medika, na Polónia, onde chegará já de madrugada, partindo depois em direção a Portugal.
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