População feminina está na linha da frente dos protestos anti-hijab.
Várias mulheres saíram à rua no Irão em protesto contra a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, às mãos da polícia da moralidade, por alegada violação das leis islâmicas.
Os protestos alastraram-se por várias cidades, de norte a sul do país, e tiveram início há uma semana, quando anunciada a morte da jovem. Amini foi morta por violar a chamada lei do hijab que obriga as mulheres a cobrir o cabelo (com um hijab - e dai o nome da legislação -, ou com um lenço), assim como tapar braços e pernas com roupas largas.
As manifestações têm como objetivo demonstrar a revolta da população relativamente ao regime e às leis do hijab em vigor no país muçulmano.
Na cidade de Sari, a norte do Irão, multidões apoiam as mulheres que dançam e queimam hijabs e lenços de cabeça nas fogueiras. Contudo, ativistas revelaram que dois homens, que participavam igualmente nos protestos, foram mortos a tiro pela polícia nas cidades de Piranshahr e Urmia.
Acredita-se que desde o início dos protestos já foram mortas, pelo menos, seis pessoas.
O que aconteceu a Mahsa Amini?
A jovem encontrava-se com o seu irmão na cidade de Teerão quando foi presa pela polícia por se considerar que Mahsa quebrava as leis do hijab. Amini entrou em estado de coma pouco tempo depois de ter sido levada para o centro de detenção.
Segundo a Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Nada al-Nashif, existem relatos que afirmam que a polícia espancou a jovem com um bastão e bateu com a cabeça de Mahsa contra um dos veículos das forças de segurança. A polícia nega as acusações de maus-tratos e defende que a jovem teve uma insuficiência cardíaca repentina. Contudo, a família da vítima argumenta que Mahsa era saudável e tinha um bom estilo de vida.
Nada al-Nashif menciona que a morte da jovem deve ser investigada por autoridades competentes que garantam que a família de Mahsa tem acesso à verdade e à justiça. A Alta Comissária dos Direitos Humanos menciona que têm chegado à organização vídeos que reportam comportamentos violentos praticados contra as mulheres. "As autoridades devem parar de perseguir, assediar e deter mulheres que não cumprem as regras do hijab", acrescentou Nada al-Nashif.
O que são as leis do hijab?
Segundo as leis do hijab, as mulheres devem cobrir o cabelo com um hijab ou com um lenço de cabelo, bem como tapar os membros superiores e inferiores com roupas soltas.
A polícia da moralidade tem como função garantir que as mulheres cumprem as leis estabelecidas. Os agentes estão autorizados a confrontá-las e avaliar se elas estão a mostrar demasiado cabelo, se as roupas são demasiado curtas e/ou justas e se usam demasiada maquilhagem. Quem não cumprir as normas está sujeito a multa, prisão ou flagelação - prática de atos punitivos, de sacrifício ou humilhação.
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