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Mudada de prisão para não morrer

Na iminência de ser linchada por outras reclusas, revoltadas com o crime que lhe é imputado e com a sua presença, Anna Carolina Jatobá, de 24 anos, madrasta de Isabella, de cinco, de cuja morte é acusada, teve de ser transferida da Penitenciária Feminina de São Paulo, onde ficou apenas algumas horas, para uma outra prisão, de segurança máxima, no Interior do estado.<br/><br/>

10 de maio de 2008 às 00:30

Anna foi tirada discretamente da cela e colocada num carro da polícia, que seguiu em alta velocidade e sem escolta, a meio da noite, até Tremembé, a 147 km da capital paulista, onde fica uma das prisões mais seguras do Brasil. Presa preventivamente na quarta-feira à noite, Anna chegou à penitenciária da capital paulista, onde estão outras 2600 mulheres, na manhã de quinta e foi colocada numa cela isolada. Mas à hora do recreio, quando ficam soltas no pátio da prisão, as reclusas escreveram em letras gigantescas no chão "Isabella, homenagem do Dia das Mães" (que no Brasil se comemora amanhã, segundo domingo de Maio e não no primeiro, como em outros países) e por toda a cadeia foram pintadas frases hostis a Anna, chamada "Assassina maldita". Forçadas a voltar às celas, as reclusas começaram a bater com objectos nas grades e a direcção da penitenciária, avisada de que estava a ser preparado um motim – para, tomando conta da cadeia, as outras presas chegarem até Anna e fazerem justiça com as próprias mãos –, decidiu tirá-la dali rapidamente.

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