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Mulher desaparecida há dois anos encontrada viva no mar por pescadores

Angélica Gaitan estava a boiar de olhos fechados sem conseguir dizer uma palavra quando foi avistada.

29 de setembro de 2020 às 17:28

A família de Angélica Gaitan desesperava há dois anos para encontrar a mulher de 46 anos cujo paradeiro era desconhecido até que, este sábado, dois pescadores deram de caras com a mulher a boiar no mar, de olhos fechados e com tanto frio que mal conseguia dizer uma palavra. Os dois homens gravaram o momento da descoberta. Angélica estava tão fragilizada e com frio que mal conseguia responder aos dois pescadores que a encontraram a dois quilómetros da praia em Puerto Colombia, na Colômbia. 

Rolando Visbal, um dos pescadores, questionou a mulher inicialmente em espanhol e posteriormente em inglês para se certificar que a mulher o entendia. Angélica não respondeu e os dois homens puxaram-na então para o seu barco. De acordo com o jornal colombiano La Libertad, a mulher não conseguia responder, mas foi a própria que sinalizou um pedido de socorro para que os dois pescadores a vissem. Angélica é resgatada e chora quando lhe é dada água para beber.Segundo relatos dos meios de comunicação colombianos, Angélica terá então dito: "Eu nasci de novo, Deus não queria que eu morresse".O que aconteceu nos últimos dois anos a esta mulher é ainda um mistério que está a ser investigado pelas autoridades. Angélica revelou à rádio RCN que era vítima de violência doméstica há 20 anos e que tentou fugir para que o marido não a matasse."Durante 20 anos, tive um relacionamento tóxico, fui violada pelo meu ex-marido. O abuso começou na primeira gravidez, ele batia-me e agredia violentamente, na minha segunda gravidez, o abuso continuou e não pude fugir dele porque as meninas eram pequenas", relata. 

"Muitas vezes eu denunciei, mas a polícia levava-o e 24 horas depois ele estava na casa novamente", contou. 

Em setembro de 2018, altura em que a família deixou de saber o seu paradeiro, Angélica fugiu após ser violentamente atacada. A mulher alega que viveu numa situação difícil durante seis meses em Barranquilla e foi posteriormente acolhida por um abrigo para os mais necessitados. Foi então que, alega, entrou numa depressão profunda.

"Não queria continuar com a minha vida. Uma senhora deu-me bilhetes e apanhei um autocarro diretamente para o mar", disse assumindo que o marido a afastou de qualquer ajuda familiar ou de amigos que pudesse recorrer.

A mulher assume que se lembra de estar na praia e entrar na água. 

"Deixei-me levar e esperei que esse pesadelo acabesse". A partir daí, Angélica diz não se lembrar de muito. 

As filhas desta mulher, entretanto identificadas, garantem que Angélica não diz a verdade relativamente aos abusos de que terá sofrido. Esperam agora poder voltar a ver a mãe quando esta for transportada para a capital colombiana, Bogotá.

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