A edição de hoje
Telefonema de Donald Trump pode desbloquear impasse.
"Não posso ir a Moscovo enquanto o meu país está a ser atacado com mísseis todos os dias. Não posso ir à capital deste terrorista. Putin sabe disso”, afirmou o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em entrevista à estação norte-americana ABC News, rejeitando, agora de forma clara, o desafio lançado pelo seu homólogo russo, de um encontro em Moscovo, mas abrindo outra porta: "pode vir a Kiev". A proposta de um encontro entre os dois líderes na capital da Rússia foi avançada por Vladimir Putin quinta-feira, no Fórum Económico do leste, em Vladivostok. “Já disse: Estou disposto, por favor, venha, nós garantimos condições de trabalho e segurança completamente seguras”, prometeu o Putin. Zelensky tem insistido na necessidade de um encontro entre os dois, eventualmente com a mediação de Donald Trump, para colocar um ponto final no conflito, mas não em Moscovo.
O Presidente da Ucrânia entende que a proposta de Putin é de quem não está interessado em acabar com a guerra. "Se alguém não quiser reunir-se, pode propor algo que não seja aceitável para mim ou para outras partes", justificou Zelensky à ABC News. Sete países já se afirmaram disponíveis para acolher a reunião, segundo o chefe da diplomacia ucraniana: Áustria, Vaticano, Suíça, Turquia e três Estados do Golfo. Donald Trump, que tem procurado encontrar uma solução para a paz, ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de um encontro em Moscovo, ou a Kiev, mas revelou que vai falar com Putin “muito em breve”.
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