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Navio que provocou colapso de ponte nos EUA alertou para possível colisão. Aviso evitou tragédia maior

Há pelo menos seis pessoas desaparecidas. Duas vítimas foram resgatadas com vida.

27 de março de 2024 às 01:30
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Imagens aéreas mostram ponte que desabou em Baltimore após navio de carga ter colidido com pilar

A Ponte Francis Scott Key, em Baltimore, no estado de Maryland, EUA, desabou na madrugada desta terça-feira, depois de um navio de carga com bandeira da Singapura ter colidido com um dos pilares. Há pelo menos seis pessoas desaparecidas. Outras duas foram resgatadas com vida, uma em estado muito grave. Para já, foram localizados cinco automóveis debaixo de água. Além dos passageiros dos veículos que circulavam no tabuleiro, no momento do acidente, havia também operários a trabalhar na estrutura.O ‘Dali’ tinha partido de Baltimore com destino ao Sri Lanka, uma viagem de 27 dias. O cargueiro foi alvo de 27 inspeções desde a construção, em 2015. Chumbou em 2016 devido a danos no casco e em junho de 2023, por problemas na propulsão. A última inspeção foi em setembro e estava tudo bem.

Todos os 22 membros da tripulação do cargueiro ‘Dali’ foram identificados e não há registo de feridos. Sabe-se que o porta-contentores estava a ser conduzido por um piloto do Porto de Baltimore e que antes do acidente o navio emitiu um pedido de socorro, alegando um “problema técnico”.

O Departamento de Transportes de Maryland foi alertado de que a embarcação tinha perdido o controlo e que era possível uma colisão, o que permitiu às autoridades fechar o trânsito no local. Daí haver poucos carros a circular na Francis Scott Key. As autoridades já descartaram a hipótese de um atentado terrorista.

Questionado sobre os efeitos que um acidente desta natureza teria nas principais pontes nacionais, António Adão da Fonseca, presidente da Assembleia Regional Norte de Engenheira Civil, explicou: “A ponte de Baltimore é ligeiramente diferente da Ponte 25 de Abril. Se uma embarcação destas batesse num dos pilares também poderia provocar um acidente grave, mas, neste caso, a suspensão é feita a partir de cabos que estão bem presos nas margens. Quando o pilar fosse empurrado para se inclinar, os cabos, que já estão esticados, resistiriam a serem mais esticados e contrariariam a rotação do pilar. Já a Ponte Vasco da Gama, sendo toda em betão, é mais robusta, mas se um grande barco embatesse num dos pilares, o pilar também poderia ser derrubado e o tabuleiro cair. A Ponte da Arrábida tem os apoios nas encostas, e a Luís I tem os apoios na margem rochosa. Se um barco de dimensões maiores embatesse no tabuleiro inferior, é possível que o derrubasse, mas sem que isso implicasse necessariamente a queda do arco.”

O ‘Dali’ tinha partido de Baltimore com destino ao Sri Lanka, uma viagem de 27 dias. O cargueiro foi alvo de 27 inspeções desde a construção, em 2015. Chumbou em 2016 devido a danos no casco e em junho de 2023, por problemas na propulsão. A última inspeção foi em setembro e estava tudo bem.

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