A edição de hoje
Maduro pede à UE "uma oportunidade para a paz", mas volta a recusar eleições presidenciais.
Nicolas Maduro acusou esta sexta-feira os opositores internos e os EUA de querem fazer um golpe de estado e colocar um ditador à frente do país. "Querem impor um novo Pinochet", disse, durante uma conferência de imprensa em Caracas, em referência ao antigo ditador chileno.
O Presidente da Venezuela defendeu a convocação de uma nova Assembleia Constituinte para resolver a crise política que se vive no país. "Quero ver o povo a votar". Mas recusou a realização de novas eleições presidenciais. "Quais são as prioridades dos venezuelanos? Fazer eleições? Penso que não", disse.
Num primeiro momento, Nicolas Maduro apresentou-se num tom invulgarmente apaziguador na conferência de imprensa que deu sobre a grave situação que se vive no país. O presidente da Venezuela fez um apelo à União Europeia e citou até a famosa canção de John Lennon: "dêem uma oportunidade à paz".
Maduro diz estar disponível ao diálogo com "todos os parceiros internacionais" e admitiu até negociar com Juan Guaidó, o auto-proclamado presidente interino do país, o que Maduro recusa terminantemente. "Aceito o diálogo, mas sem pré-condições. E sempre com o cumprimento da constituição".
Recusa "espetáculo da ajuda humanitária"
O Presidente da Venezuela afirmou que vai evitar o que considera ser o "espetáculo" à volta da ajuda humanitária, referindo-se aos alimentos e remédios que chegarão ao país, oriundos dos EUA.
"A Venezuela não tolerará o espetáculo da chamada ajuda humanitária, porque não somos os mendigos de ninguém", disse Nicolas Maduro.
Os primeiros camiões com alimentos e remédios, oriundos dos EUA começaram a chegar à Colômbia, onde aguardarão o desbloqueio de pontes entre os dois países latino-americanos.
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