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Nicolás Maduro pede a venezuelanos que limitem importações desnecessárias

Apelo ocorre num momentos em que os empresários se queixam de dificuldades para conseguir dólares para pagar as importações de produtos.

23 de setembro de 2025 às 22:33

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pediu aos venezuelanos que limitem as importações desnecessárias, e instou os setores económicos a aumentar a produção para "não gastar os dólares ao povo".

"Um elemento que deve ser alcançado é a autossuficiência do país em tudo e limitar ao máximo [as importações]. Eu digo a todos os setores económicos e, sobretudo, aos comerciais que limitem as importações desnecessárias e supérfluas e procurem produzir", disse durante o programa radiofónico e televisivo "Com Maduro +".

O apelo do Presidente da Venezuela ocorre num momentos em que os empresários se queixam de dificuldades para conseguir dólares para pagar as importações de produtos, com o bolívar, a moeda venezuelana, a registar uma forte desvalorização nos últimos meses, perante a moeda norte-americana, passando de 70 bolívares por dólar em março de 2025 para aproximadamente 170 bolívares no dia desta terça-feira.

"Se você quer importar um produto que não é necessário ou indispensável para o funcionamento da sociedade, da economia e da vida das pessoas, então está gastando os dólares do povo, do país. O sistema gera riqueza em moeda estrangeira, e essa riqueza deveria e deve ser investida no desenvolvimento industrial, autónomo e tecnológico da Venezuela", explicou.

Segundo Nicolás Maduro o futuro da economia da Venezuela tem por base a produção nacional, a autossuficiência e a soberania monetária.

"Já não existe o fluxo de petrodólares que existia antes da guerra económica, das sanções [internacionais] criminosas e do bloqueio", frisou.

Nos últimos 10 anos a Venezuela passou por um processo de dolarização da sua economia, primeiro informalmente de depois de maneira formal, que levou a que os preços dos produtos sejam afixados em dólares norte-americanos e fosse fácil conseguir moeda estrangeira no país.

Apesar de os preços continuarem a ser referenciados em moeda estrangeira, nos últimos meses regista-se uma escassez de notas de dólares no país e a maioria das operações fazem-se em bolívares ao valor cambial do dia.

Em paralelo há um mercado negro onde as divisas se cotizam em valores que atingem 160% da cotação oficial, mas que é penalizado com prisão.

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