Têm sido frequentes os ataques a navios no Golfo da Guiné.
O Exército nigeriano anunciou este domingo a libertação de 10 membros da tripulação de um navio de pesca capturado por piratas, ao largo da costa do Gabão no início de fevereiro.
"Os 10 homens foram raptados ao largo da costa do Gabão em 07 de fevereiro e trazidos para a costa nigeriana. Um resgate de 300.000 dólares tinha sido pago antes da nossa chegada para os salvar", disse o tenente-coronel do Exército nigeriano Mohammed Yahaya, citado pela agência France-Presse.
Os tripulantes libertados são seis cidadãos chineses, três indonésios, um gabonês e quatro nigerianos.
Após o pagamento do resgate, e enquanto os reféns saíam do mato onde estavam detidos no sudeste da Nigéria, chegaram "informações relativas a um provável novo rapto", levando "o Exército e as milícias pró-governamentais a intervir para os resgatar", acrescentou.
Ataques a navios para raptar as suas tripulações e trocá-los por resgate tornaram-se muito frequentes nos últimos anos no Golfo da Guiné, que se estende do Senegal a Angola, perpetrados principalmente por piratas nigerianos.
O navio de pesca chinês "Lianpengyu 809", que ostenta a bandeira gabonesa, tinha sido abordado por piratas em lanchas rápidas ao largo de Port-Gentil, um porto gabonês.
Os piratas, com 14 membros da tripulação ainda a bordo, foram avistados a cerca de 110 quilómetros da ilha nigeriana de Bonny, poucos dias após o ataque.
Segundo o consultor de segurança marítima Dryad Global, o navio tinha sido utilizado pelos piratas como um "navio-mãe" para atacar outros petroleiros na área.
Na sexta-feira, o maior grupo transportador marítimo do mundo, o dinamarquês Maersk, pediu o lançamento urgente de uma grande operação internacional para combater a pirataria no Golfo da Guiné, após sucessivos ataques aos seus navios naquela região.
O porta-contentores número um do mundo, que viu dois dos seus navios serem atacados por piratas em menos de um mês, quer uma presença marítima internacional mais forte perto da costa da África Ocidental, semelhante à operação europeia "Atalanta" para combater a pirataria ao largo da costa da Somália, há cerca de 10 anos.
Durante algum tempo, os ataques concentraram-se ao largo da costa da África Oriental, onde diminuíram consideravelmente após o destacamento de uma armada militar internacional, enquanto a situação se deteriorou no Golfo da Guiné, onde piratas nigerianos estão a tornar-se mais profissionais.
Em 2020, esta área, que se estende por 5.700 quilómetros desde as costas do Senegal no Norte até às de Angola no Sul, foi responsável por 130 dos 135 raptos de trabalhadores marítimos a nível mundial, de acordo com um relatório recente do Gabinete Marítimo Internacional, ações mais lucrativas do que os ataques a petroleiros.
Mais de 1.500 navios utilizam esta rota marítima todos os dias.
A rota marítima que faz fronteira com os dois maiores produtores de petróleo de África - Nigéria e Angola - é regularmente utilizada por cerca de 50 navios do grupo Maersk e a Dinamarca está a tentar convencer a União Europeia, mas também a França, que se mantém um país militarmente incontornável na África Ocidental, a lançarem uma operação na região.
Desde janeiro, existe na zona uma presença marítima coordenada, que consiste essencialmente na vigilância da zona por navios e partilha informação com uma célula europeia.
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