Pelo menos 400 pessoas ficaram desalojadas e foram levadas para abrigos improvisados.
Chuvas torrenciais e ventos ciclónicos que atingiram a região este fim de semana voltaram a provocar grandes danos e a inundar diversas cidades no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, no extremo sul do país, que em maio enfrentou as maiores cheias da sua história, com pelo menos 173 mortes confirmadas, dezenas de desaparecidos e milhares de desalojados. Não há notícia de novas vítimas fatais, mas em algumas cidades choveu entre a manhã de sábado e a madrugada desta segunda-feira mais de 200 milímetros, uma quantidade pluviométrica que já provocaria estragos em qualquer situação mas ficou ainda mais dramática numa região com o solo encharcado pelas cheias do mês passado e os rios extremamente cheios.
Em São Sebastião do Caí, uma das cidades banhadas pelo Rio Caí, o nível das águas deste rio subiu mais de três metros durante a madrugada desta segunda-feira, 17 de junho, e inundou os bairros mais próximos. Pelo menos 400 pessoas ficaram desalojadas e foram levadas para abrigos improvisados, juntando-se a outros 150 desalojados pelas cheias de maio cujas casas foram totalmente destruídas e por isso ainda não conseguiram deixar esses locais de acolhimento temporário.
Em São Luiz Gonzaga, cidade na região noroeste do Rio Grande do Sul que foi uma das poucas a escapar às cheias de maio, uma ventania fortíssima que durou pouco mais de 15 segundos e foi seguida por chuvas torrenciais danificou muito a cidade, de 35 mil habitantes. Pelo menos 1200 imóveis foram total ou significativamente destelhados, entre eles dois hospitais, comércios e as residências de muitos habitantes, e esta segunda-feira a edilidade local estava a distribuir grandes lonas para essas edificações serem cobertas provisoriamente até ser possível construir um novo telhado e consertar outros estragos.
Segundo a Proteção Civil do Rio Grande do Sul, pelo menos 20 cidades foram fortemente atingidas pelas chuvas e ventos ciclónicos deste fim de semana. Foram elas São Sebastião do Caí, São Luiz Gonzaga, Árvorezinha, Bento Gonçalves, Boqueirão do Leão, Canela, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Coqueiro Baixo, Dom Pedro de Alcântara, Igrejinha, Mampituba, Maquiné, Pareci Novo, Parobé, Roca Salles, Rio Pardo, São Vendelino, Três Coroas e Vale Real.
Em Barra do Ouro, que pertence ao município de Maquiné, duas mil pessoas estavam ilhadas nesta segunda-feira devido às estradas que levam à cidade estarem debaixo de água. Pontes provisórias que tinham sido colocadas por moradores ou pelo Exército no lugar das que foram arrancadas pelas cheias de maio voltaram a ser levadas pela corrente dos rios em algumas cidades na região norte do estado, deixando mais milhares de pessoas sem poderem circular entre cidades vizinhas e entre bairros de uma mesma cidade que eram ligados por pontes ou passarelas pedonais.
A capital do estado, Porto Alegre, que tem quase 1,5 milhão de habitantes e foi uma das mais afetadas pelas cheias de maio, até esta segunda-feira não tinha sido atingida pelos novos temporais. Mas a perspetiva para as autoridades e os moradores locais não eram nada animadoras esta segunda-feira, pois a previsão meteorológica é que nas regiões dos vales do Rio Taquari e do Rio Caí chovam até à próxima quinta-feira mais de 300 milímetros, e toda essa água vai acabar por ser levada para o Lago Guaíba, que banha Porto Alegre, onde ainda há 25 mil pessoas desalojadas instaladas provisoriamente em abrigos.
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