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Novo processo acusa Jair Bolsonaro de importunação a uma baleia

Pilotava uma mota aquática, quando, ao avistar uma baleia Jubarte, acelerou o jetski e foi até perto do gigantesco animal.

27 de fevereiro de 2024 às 16:38

Alvo de dezenas de processos e investigações em tramitação na justiça e na Polícia Federal por crimes eleitorais, que já o tornaram inelegível até 2030 por planear um golpe de Estado, por apropriação de bens públicos e de omissão durante a pandemia de Covid-19, entre outros, o ex-presidente Jair Bolsonaro vai ter de depor esta terça-feira sobre uma nova acusação. Bolsonaro é acusado neste processo pelo Ministério Público de São Paulo de importunação a uma baleia Jubarte, um crime ambiental.

De acordo com a investigação em andamento na Polícia Federal paulista, em cuja sede o antigo presidente é esperado na tarde desta terça-feira para se explicar, em junho de 2023, Jair Bolsonaro pilotava uma mota aquática, uma das suas paixões, no mar de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, quando, ao avistar uma baleia Jubarte, acelerou o jetski e foi até perto do gigantesco animal. Fotos e vídeos nas redes sociais mostram profusamente omomento em que o então já ex-presidente e o cetáceo ficam muito próximos, proximidade que aparentemente não agradou ao gigante dos mmares.

No processo instaurado contra Bolsonaro, refere-se que este, com o motor da ruidosa mota aquática ligado, ficou a cerca de 15 metros da baleia, o que, além de violar regras ambientais, incomodou o animal. A baleia, que até aí nadava tranquilamente, ficou agitada e passou a bater com força na água com a cauda e a nadadeira peitoral, evidenciando, diz a acusação, o stress provocado pela aproximação do ex-presidente na sua mota mais do que barulhenta.

A legislação ambiental brasileira protege todos os tipos de cetáceos, proibindo qualquer acto que possa colocar a vida deles em risco ou molestá-los de alguma forma. Um dos pontos dessa lei determina claramente ser expressamente proibida a aproximação seja de quem for a menos de 100 metros de uma baleia, por exemplo, incorrendo em crime federal quem desobedecer.

Através da procuradora Marília Soares Ferreira Iftin, o Ministério Público entrou no caso e acompanha a investigação, o que fez o antigo presidente ficar furioso. Bolsonaro ironizou a instauração do processo por suposta importunação a uma baleia disparando que a única baleia de que não gosta é a que está à frente do Ministério da Justiça, numa provocação gordofóbica ao então titular da pasta, Flávio Dino, que deixou o cargo no início deste mês de Fevereiro e na semana passada assumiu uma cadeira como juiz do Supremo Tribunal Federal, STF.

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