Acordo para retomar as exportações de 'chips' avançados para a China pode render mais de 2 mil milhões de dólares.
Os gigantes dos semicondutores Nvidia e AMD concordaram em pagar aos Estados Unidos 15% das suas vendas de 'chips' avançados de Inteligência Artificial (IA) à China, avançaram vários meios de comunicação social.
A Nvidia planeia partilhar 15% da receita proveniente das vendas do seu 'chip' H20 na China e a AMD entregará a mesma percentagem das receitas do MI308, especificaram fontes não identificadas à agência Bloomberg, e aos diários norte-americano The New York Times, e britânico Financial Times, que falaram sob condição de anonimato.
O Financial Times noticiou na sexta-feira que o Departamento de Comércio dos Estados Unidos começou a emitir licenças para as vendas do H20 nesse dia, depois de o presidente executivo (CEO) da Nvidia, Jensen Huang, se ter reunido na quarta-feira anterior com o Presidente Donald Trump na Casa Branca.
O acordo para retomar as exportações de 'chips' avançados para a China pode render mais de 2 mil milhões de dólares (1,71 mil milhões de euros) aos Estados Unidos, considerando que, antes das restrições à exportação, a Nvidia vendia cerca de 15 mil milhões dólares (12,9 mil milhões de euros) em 'chips' H20 para a China e a AMD planeava vender cerca de 800 milhões de dólares (685,8 milhões de euros) do seu MI380.
O diário britânico deu conta este domingo, citando fontes oficiais norte-americanas, que a Administração Trump ainda não determinou como usar o dinheiro resultante destes acordos sem precedentes, que, na prática, torna o governo norte-americano parceiro das duas empresas de tecnologia nas suas operações no gigante asiático.
Há um mês, a Nvidia obteve permissão para vender os seus 'chips' mais avançados na China, mas a multinacional não tinha recebido ainda as licenças para vender esta tecnologia avançada, fundamental para o desenvolvimento da IA.
Segundo as fontes citadas pelos três órgãos de comunicação social, o acordo com a AMD afetará principalmente as vendas do seu 'chip' MI308, que não pode ser vendido à China desde abril e que, tal como os 'chips' da Nvidia, é vital para os centros de dados que permitem treinar modelos de IA em grande escala.
A Administração Trump congelou a venda de 'chips' avançados para a China no início deste ano, quando as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo aumentaram.
Um porta-voz da Nvidia disse que a gigante dos semicondutores segue as regras de exportação dos Estados Unidos, acrescentando que, embora a empresa não envie 'chips' H20 para a China há meses, espera que as regras lhe permitam continuar a concorrer no país asiático. A AMD não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Na semana passada, Trump disse que o setor de semicondutores pagaria 100% de tarifas, se as empresas que os produzem não investissem nos Estados Unidos, algo que gigantes como a taiwanesa TSMC se comprometeram fazer.
Este acordo é conhecido pouco antes do fim, na próxima terça-feira, da trégua de 90 dias que deveria permitir um acordo comercial entre os Estados Unidos e a China para evitar uma guerra tarifária.
Esta solução incomum acorda pela Administração Trump com as empresas de tecnologia tem semelhanças com o acordo alcançado com a japonesa Nippon Steel para a compra da US Steel, que inclui a chamada "ação de ouro" (golden share), que dá poder de veto e maior voz nas decisões da empresa que afetam a segurança nacional dos EUA.
Entretanto, de acordo com Wall Street Journal, o CEO da Intel, Lip-Bu Tan, deverá visitar, esta segunda-feira, a Casa Branca, depois de Trump ter pedido a sua demissão na semana passada devido a alegados laços com empresas chinesas, acusação levantada por um senador republicano do Arkansas, Tom Cotton, que substituiu o atual secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, na Comissão de Inteligência do Senado dos Estados Unidos.
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