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Oposição acusa Governo de Espanha de instigar protestos que pararam a prova

Feijóo acrescentou que o primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, deve estar orgulhoso dos manifestantes que este domingo "lançaram barreiras" à polícia.

14 de setembro de 2025 às 21:55

O líder do Partido Popular (PP, direita) e da oposição em Espanha acusou este domingo o Governo do país de instigar os protestos pró-Palestina que levaram ao cancelamento da última etapa da Volta a Espanha em bicicleta de 2025.

"O Governo permitiu e induziu a não finalização da Vuelta e, dessa forma, um ridículo internacional transmitido pela televisão em todo o mundo", afirmou o presidente do PP, Alberto Núñez Feijóo, numa publicação nas redes sociais.

Feijóo acrescentou que o primeiro-ministro, o socialista Pedro Sánchez, deve estar orgulhoso dos manifestantes que este domingo "lançaram barreiras" à polícia e colocaram em causa a segurança "do pessoal da organização [da volta], corredores e jornalistas".

Durante a manhã de este domingo, antes do início da etapa da Vuelta que não chegou a terminar, Sánchez manifestou "admiração pelo povo espanhol que se mobiliza por causas justas como a da Palestina", referindo-se de forma concreta aos protestos que marcaram a prova desde o primeiro dia, inicialmente focados contra a participação da equipa israelita Israel-Premier Tech.

Depois do cancelamento da última etapa da Vuelta deste ano, a ministra do Trabalho e uma das vice-presidentes do Governo, Yolanda Díaz, considerou que os protestos de este domingo e durante toda a prova são "um exemplo de dignidade" perante "o genocídio em Gaza".

Israel não deveria participar em nenhum evento desportivo ou cultural, disse ainda Yolanda Díaz, numa publicação nas redes sociais, repetindo uma posição que já manifestaram outros ministros e até Pedro Sánchez.

Yolanda Díaz é dirigente do Somar, um partido de esquerda que integra a coligação que está no Governo de Espanha, e foi proibida de entrar em Israel na semana passada pelo executivo de Telavive.

Além do líder do PP, também a presidente do governo regional de Madrid, Isabel Díaz Ayuso, e o presidente da câmara da capital espanhola, Jose Luis Martinez-Almeida, do mesmo partido, responsabilizaram o Governo nacional pelos protestos e o cancelamento da última etapa da Vuelta, prova que o português João Almeida terminou em segundo, apenas atrás do dinamarquês Jonas Vingegaard.

"Que dano para o nosso desporto e para o nosso país", disse Ayuso.

"O que vimos na nossa cidade não é uma manifestação. Madrid foi testemunha de uma violência que colocou em perigo os participantes de uma competição desportiva, aos milhares de madrilenhos que queriam desfrutar da Volta a Espanha em Bicicleta e também os membros das forças e corpos de segurança do Estado": disse Martinez-Almeida, que exigiu a Sánchez que condene o ocorrido este domingona capital espanhola.

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