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Oposição rejeita vitória de Maduro

Conselho Eleitoral confirma reeleição do Presidente com 51% dos votos, mas candidato da oposição reclama mais de 70%.

30 de julho de 2024 às 01:30

A oposição venezuelana rejeitou esta segunda-feira a vitória do Presidente, Nicolás Maduro, nas eleições de domingo, alegando ter na sua posse resultados que confirmam a vitória do seu candidato, Edmundo González, por larga margem.

A Comissão Nacional Eleitoral, controlada pelo Governo chavista, proclamou Maduro vencedor com 51% dos votos, contrariando duas projeções iniciais, do instituto internacional Edison Research e do organismo local Meganalisis, que apontavam para a vitória de González com 65%. Maduro apressou-se a celebrar a "vitória da paz e da estabilidade", mas a oposição rejeitou os resultados oficiais, afirmando que a sua contagem paralela aponta para a vitória de González com pelo menos 70% dos votos. "A Venezuela tem um novo Presidente eleito e é Edmundo González. Ganhámos!", afirmou a líder da oposição, María Corina Machado, apelando aos militares para fazerem respeitar o resultado: "O povo venezuelano falou e rejeitou Maduro. Está na altura de os militares se colocarem do lado certo da História", escreveu no X.

Entretanto, com gritos de "Até ao fim", milhares de venezuelanos foram para as ruas rejeitar os resultados eleitorais. Os protestos começaram em várias regiões do interior do país, entre elas o estado de Falcón, onde na Plaza Chávez de Las Eugénias dezenas de manifestantes estavam a tentar derrubar uma estátua do falecido líder socialista, Hugo Chávez, que presidiu ao país entre 1999 e 2013. Em La Isabelica, Valência, estado de Carabobo (Centro-Norte do país), centenas de pessoas, entre as quais dezenas de motociclistas, saíram às ruas para protestar contra os resultados.

Na autoestrada que liga Caracas ao vizinho estado de La Guaira (Norte) populares colocaram pneus em chamas impedindo a circulação.

O anúncio da vitória de Maduro levantou dúvidas também no exterior do país. Os EUA acusaram o regime venezuelano de "repressão e manipulação eleitoral", enquanto o PR argentino, Javier Milei, falou em "fraude", e os Governos da Costa Rica e do Peru recusaram aceitar resultados não verificados de forma independente.

O anúncio da vitória de Maduro levantou dúvidas também no exterior do país. Os EUA acusaram o regime venezuelano de "repressão e manipulação eleitoral", enquanto o PR argentino, Javier Milei, falou em "fraude", e os Governos da Costa Rica e do Peru recusaram aceitar resultados não verificados de forma independente.

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PORTUGAL PEDE “VERIFICAÇÃO IMPARCIAL”

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PCP saúda Maduro

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