Existem cinco corredores ativos que dividem partes de Gaza para facilitar as operações das Forças de Defesa.
A presença do exército israelita na Faixa de Gaza assim como na Cisjordânia tem-se vindo a intensificar desde o ataque do Hamas a 7 de outubro de 2023. Este ataque levou à criação de corredores que se estendem pelo enclave e que permitem facilitar as operações das Forças de Defesa no combate ao terrorismo, mas também na conquista de território.
Até à data, o exército israelita anunciou o eixo de Netzarim, que separa o norte de Gaza do resto da Faixa, o corredor de Philadelphi na fronteira entre Gaza e o Egito e o eixo de Morag. Em dezembro de 2024 a equipa da estação televisiva francesa, FRANCE 24, relatou que o exército israelita estaria a construir um novo corredor no norte de Gaza intitulado, Mefalsim.
Em março de 2024 Israel criou o eixo de Netzarim, um corredor que se expande cerca de seis quilómetros desde a fronteira com Israel até à costa mediterrânea a sul da cidade de Gaza. As forças israelitas mais tarde abandonaram este eixo devido a um acordo de cessar-fogo em janeiro deste ano, regressando em março depois do acordo ter terminado.
Dois meses depois, em maio, Israel toma controlo do corredor Philadelphi de 14 quilómetros ao lado da fronteira de Gaza com o Egipto que se estende até à zona costeira.
Em abril, Israel anunciou que o seu exército tinha estabelecido um novo corredor Morag que separa Khan Younis e Rafah a sul do enclave, que Israel tinha mandado evacuar, separando-o do resto do território.
“A atividade das Forças de Defesa Israelita (IDF, sigla em inglês) irá em breve expandir-se fortemente para outros locais na maior parte de Gaza e será necessário evacuar as zonas de combate”, anunciou o ministro de defesa Israel Katz.
Há cerca de uma semana, o exército israelita anunciou que o corredor tinha sido inaugurado, que se estende por 15 quilómetros em direção à costa e cujo objetivo é “exercer pressão sobre o Hamas e conseguir a derrota decisiva da sua brigada em Khan Younis”.
No entanto, especialistas relatam à FRANCE 24 que estes corredores e eixos servem para facilitar os movimentos do exército israelita dentro da Faixa enquanto interrompe simultaneamente o movimento do Hamas. “Quando Israel entra numa determinada parte de Gaza, as forças do Hamas não podem simplesmente sair; é uma forma de as encurralar numa determinada área para permitir que Israel as atinja de forma mais eficaz”, explica Daniel Byman, o diretor do programa de terrorismo de um think tank em Washington D.C.
Outra questão é o controlo do território. Andreas Krieg, professor na King’s College London School of Security Studies explica à publicação que “o que vemos ao longo do tempo é uma política de dividir para conquistar, em que os israelitas dividem cada vez mais o território, criando enclaves cada vez mais pequenos que as FDI consideram mais fáceis de controlar. Quanto mais pequeno for o território, maior será a capacidade de resposta a qualquer problema que possa surgir no interior do enclave”.
A ofensiva israelita em Gaza já matou mais de 52 mil pessoas no enclave, segundo o ministério de saúde liderado pelo Hamas.
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