Nova espécie de dinossauro denominada "Issi saaneg" é um dinossauro herbívoro que viveu há 214 milhões de anos na Gronelândia.
Uma nova espécie de dinossauro foi descrita, a partir de fósseis encontrados na Gronelândia, por uma equipa internacional de paleontólogos, que integra Victor Beccari e Octávio Mateus, da Universidade Nova de Lisboa e do Museu da Lourinhã, foi divulgado esta quinta-feira.
A nova espécie de dinossauro denominada "Issi saaneg", é um dinossauro herbívoro que viveu há 214 milhões de anos na Gronelândia, durante o período do Triássico Superior e foi descrita na última edição da revista científica "Diversity", publicada na quarta-feira e divulgada hoje em nota de imprensa.
Os fósseis foram encontrados em 1994 por paleontólogos da Universidade de Harvard, durante expedições à Gronelândia, e atribuídos ao 'Plateosaurus', encontrado na Alemanha, França e Suíça.
Contudo, um estudo dos fósseis agora realizado pelo brasileiro Victor Beccari para a sua tese de mestrado em Paleontologia na Universidade Nova de Lisboa, sob orientação de Octávio Mateus, permitiu comparar os crânios e encontrar diferenças anatómicas suficientes que levaram o investigador a concluir que não seria um 'Plateosaurus', mas antes uma nova espécie.
"Os dois crânios são únicos em muitos aspetos da sua anatomia, como as proporções e formas dos ossos, mas, naquela época, a Terra passava por mudanças climáticas que permitiram que os primeiros dinossauros herbívoros chegassem à Europa e além", explicam os investigadores na nota de imprensa.
O 'Issi saaneg', nome que significa 'osso frio' no idioma Inuit da Gronelândia, é o dinossauro herbívoro mais antigo que se conhece na Gronelândia.
No período em que viveu, o supercontinente Pangeia separou-se, o Oceano Atlântico começou a formar-se e aquele dinossauro de pescoço comprido foi um dos primeiros sauropodomorfos (o grupo de dinossauros no qual mais tarde evoluíram os maiores animais terrestres de todos os tempos) a viver no hemisfério norte.
Durante o final do Triássico, a Gronelândia Oriental estava ligada ao que hoje é a Europa, mas o ambiente de transição entre o interior seco e as zonas periféricas húmidas do continente tornou a Gronelândia num território com uma fauna muito diversa.
Apesar das diversas expedições científicas à Gronelândia e do grande número de descobertas, grande parte dos fósseis encontrados nunca foi descrita.
"Esta é a terceira nova espécie fóssil de vertebrados que a nossa equipa batizou em homenagem à Gronelândia, o que mostra a importância científica daquele território", afirma Octávio Mateus, sublinhando a importância de "ter uma tese da Universidade Nova de Lisboa com estes resultados e qualidade".
O estudo realizado por Beccari, também investigador da Bayerische Staatssammlung für Paläontologie und Geologie de Munique (Alemanha), foi feito em colaboração com investigadores do Museu da Lourinhã, da Universidade Martin Luther Halle -Wittenberg, na Alemanha, Geomuseum Faxe e Universidade de Copenhaga, na Dinamarca.
Além de Victor Beccari e Octávio Mateus, o artigo científico é ainda assinado por Oliver Wings, Jesper Milàn e Lars B. Clemmensen, ligados àquelas instituições internacionais.
Os fosseis estudados podem ser visitados no Museu da Lourinhã.
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