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Papa Francisco pede luta contra o crime organizado

Pontífice exortou os bispos da América Central a colaborarem no sentido de salvar os jovens.

25 de janeiro de 2019 às 08:32

O Papa desafiou esta quinta-feira os bispos da América Central a colaborarem efetivamente na luta "urgente" contra o crime organizado e incentivou-os a trabalhar no sentido de salvar os jovens da violência das ruas.

"Exorto-vos a promover programas e centros educativos que saibam acompanhar, apoiar e responsabilizar os vossos jovens; roubai-os à rua, antes que a cultura de morte, vendendo-lhes fumo e soluções mágicas, se apodere e aproveite da sua inquietação e imaginação", disse Francisco, num longo discurso, proferido na Igreja de São Francisco de Assis, na cidade do Panamá, onde decorrem até domingo as Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ).

O pontífice recordou os jovens "seduzidos por respostas imediatas" e as vítimas da "violência doméstica" – que classificou como uma "chaga" no continente –, e de "grupos armados e criminosos, de tráfico de droga e exploração sexual".

No Panamá, um dos mais conhecidos paraísos fiscais do Mundo, o Papa evocou um sistema económico que deixou de ter como prioridade as pessoas e o bem comum, "fazendo da especulação o seu paraíso".

Perante dezenas de bispos, Francisco destacou a importância da "compaixão" na vida da Igreja e da "capacidade de escutar" dos prelados, pedindo aos bispos que tenham sempre "portas abertas" para os padres das suas dioceses. "Nunca deixem de dar atenção aos vossos padres", disse o Papa.

Na receção oficial, por parte do Presidente da República do Panamá, Francisco lembrou que o futuro das sociedades se constrói com apostas na educação e no "trabalho digno", pedindo aos panamianos que ajudem a "criar um Mundo mais humano".

Esta quinta-feira, foram acreditadas nas JMJ 110584 pessoas: 85 884 peregrinos, 450 bispos, 2250 sacerdotes , 2500 jornalistas e 19.500 voluntários.

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Venezuela preocupa

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