A edição de hoje
Moções apresentadas pelos partidos de centro e esquerda foram, sem surpresa, rejeitados pela maioria parlamentar.
A maioria parlamentar que apoia o Governo italiano chumbou esta quarta-feira diversas moções apresentadas pelos partidos da oposição contra o aumento da despesa em Defesa para 5% do PIB, tal como previsto no compromisso entre os países-membros da NATO.
Na primeira sessão da Câmara dos Deputados em Roma depois das férias de verão, foram apreciadas cinco moções sobre despesa militar apresentadas por outros tantos partidos da oposição, Partido Democrático, Movimento 5 Estrelas, Aliança Verde-Esquerda, Itália Viva e Ação -, tendo os partidos que formam a coligação governamental de direita (Irmãos de Itália, da primeira-ministra Giorgia Meloni, a Liga, de Matteo Salvini, e o Força Itália, de Antonio Tajani) optado por não apresentar qualquer moção a defender a posição do Governo.
As moções apresentadas pelos partidos de centro e esquerda, que não lograram acordar um texto comum face a diferenças entre si, foram, sem surpresa, rejeitados pela maioria parlamentar, sendo chumbados de forma expressiva, até porque não mereceram o apoio das outras forças políticas da oposição.
A moção do Partido Democrático (PD), principal força da oposição (centro-esquerda), preconizava que Itália seguisse o exemplo de Espanha e rejeitasse a meta dos 5% do PIB destinados a despesas militares, acordada em junho passado entre os Aliados por pressão do Presidente norte-americano, Donald Trump.
Além de denunciarem o facto de os partidos da maioria não terem apresentado o seu próprio texto para explicar a posição do Governo e a sua política de Defesa, o que atribuem às divisões no seio da coligação (dado a Liga de Salvini ser contra aumento da despesa em Defesa), as bancadas da oposição criticaram, uma vez mais, a ausência da primeira-ministra do debate de hoje.
O responsável pelas Relações Exteriores do Partido Democrata, Giuseppe Provenzano, a comentar que Giorgia Meloni "comprometeu-se com uma mudança histórica na NATO e depois nem sequer vem defendê-la no Parlamento", o que considerou "algo inédito".
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