"A malária continua a ser um problema de saúde pública", referiu o porta-voz do conselho executivo da província.
Um total de 112 pessoas morreram vítimas de malária em nove meses na província de Niassa, no norte de Moçambique, um aumento de mais de 30 óbitos comparado a 2024, anunciou fonte oficial.
"A malária continua a ser um problema de saúde pública, ao se atingir, no presente ano, 112 óbitos em 560.571 casos diagnosticados" entre janeiro e setembro, disse o porta-voz do conselho executivo de Niassa, Matias Chapungo, citado esta segunda-feira, pela Televisão de Moçambique.
Segundo o responsável, em igual período de 2024 foram registados 76 óbitos pela doença, num total de 416.715 casos, com as autoridades a referirem que o aumento de casos em 2025 evidencia "a necessidade de reforço contínuo da vigilância epidemiológica".
"Para inverter o cenário, o conselho executivo provincial, através do setor de saúde, está a desenvolver atividades de prevenção e controlo da malária por meio de feiras de saúde, onde são prestados vários serviços, incluindo [a divulgação] das medidas de prevenção da doença", acrescentou Matias Chapungo.
Na quarta-feira, o antigo ministro da Saúde moçambicano Ivo Garrido criticou a tendência de estagnação dos índices de prevalência e incidência de malária em Moçambique, apontando para falhas na prevenção da doença.
"Estamos a falhar sobretudo na prevenção. Foram (...) apresentados aqui certos mapas com a evolução da prevalência e da incidência da malária ao longo de décadas e o que nós verificamos é que, às vezes, baixa um bocadinho, mas a tendência é praticamente para a estagnação", disse Ivo Garrido, durante o Fórum Anual de Malária em Nampula, também no norte de Moçambique.
Segundo o antigo ministro da Saúde (2005-2010), a incidência e prevalência da malária "praticamente não mexem" em Moçambique desde a proclamação da independência, em 1975, apesar dos esforços do país para travar a doença.
O Ministério da Saúde moçambicano disse, na última semana, que o país registou cerca de 10,3 milhões de casos de malária, entre janeiro e setembro, contra nove milhões no mesmo período do ano passado, um aumento em 14% de novos casos da doença.
Em 2024, pelo menos 358 pessoas morreram vítimas da doença neste país africano, que registou mais de 11,5 milhões de casos e cerca de 67 mil internamentos, avançou, em 25 de abril, o Presidente moçambicano, no âmbito do Dia Mundial da Malária, pedindo maior proteção para as crianças.
A vacina contra a malária R21/Matrix-M, a segunda para crianças, desenvolvida pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, já está em utilização em Moçambique, seguindo os conselhos do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização (SAGE) e do Grupo Consultivo de Políticas sobre Malária (MPAG).
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