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Petroleiros atacados ao largo dos Emirados

Irão é suspeito de orquestrar os ataques em resposta às sanções dos EUA.

14 de maio de 2019 às 13:01

Quatro petroleiros foram domingo atacados quando navegavam ao largo de Fujairah, Emirados Árabes Unidos, numa zona do Golfo de Omã próxima do estreito de Ormuz. Dois dos navios atingidos são da Arábia Saudita, um é norueguês e o quarto é dos Emirados.

Os ataques foram realizados com projéteis ainda por identificar, mas sabe-se que terão causado estragos nos cascos dos navios apenas devido ao impacto, pois não há registo de explosões. Nenhum dos ataques causou vítimas nem derrame de petróleo.

O governo dos Emirados fala de "atos de sabotagem" e os sauditas consideram que o objetivo é minar a liberdade de navegação e a segurança do transporte de petróleo.

As suspeitas recaem sobre o Irão, país envolvido numa querela com os EUA por causa de sanções que estão a estrangular a venda de petróleo iraniano.

Mas Teerão nega responsabilidades, classifica o ataque como "preocupante" e culpa "sabotadores de outro país".

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Mousavi, pediu aos países da região para "estarem vigilantes contra planos de desestabilização de agentes estrangeiros".

Sobre os navios visados, o ministro da Energia saudita, Khalid al-Falih, revelou que um deles foi atacado quando estava a caminho do porto de Ras Tanura, para ser carregado com crude saudita para entrega à norte-americana Aramco.

"A comunidade internacional tem a responsabilidade de proteger a segurança da navegação marítima e dos petroleiros, para mitigar as consequências adversas de incidentes como este nos mercados energéticos e o perigo que representam para a economia global", afirmou Falih.

Recorde-se que os EUA enviaram um porta-aviões para a região depois de o Irão ter declarado as forças norte- -americanas na região como "terroristas".

PORMENORES 

O canal do petróleo

Cerca de um quinto do petróleo consumido em todo o Mundo passa pelo estreito de Ormuz, proveniente de produtores do Médio Oriente e destinado a mercados importantes na Ásia, Europa e América do Norte.

Apelo do Reino Unido

O chefe da diplomacia do Reino Unido, Jeremy Hunt, afirmou-se preocupado com "o risco de um conflito" e pediu calma até às próximas negociações entre os EUA e a UE. A mensagem visava o Irão, que ameaça deixar o acordo nuclear de 2015 se a UE não pressionar os EUA para suspenderem as sanções.

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