São Vicente e Santiago unidos pela música no mundo.
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A edição deste ano do AME (Atlantic Music Expo) realiza-se pela primeira vez para além da capital de Cabo Verde, na ilha de Santiago. Dias 10 e 11 de Junho decorreu no Mindelo, ilha de São Vicente, e 13, 14 e 15 de Junho voltará à cidade da Praia. Durante dois dias os Mindelenses puderam apreciar os artistas que se apresentaram em palco numa exposição para profissionais da música. Diretores de festivais, editoras discográficas ou jornalistas da área musical de várias nacionalidades, fizeram o percurso entre os palcos montados na Praça D. Luís e a Praça Nova da cidade cabo-verdiana.
Jennifer Solidade abriu o palco na Praça D Luís, montado junto ao mural de Cesária Évora, feito pelo artista português Vhils. A cantora apresentou o seu recente EP "Tanha", que foi concebido durante a pandemia. Tempo que Jennifer aproveitou para desenvolver a sua faceta de compositora. Um disco que fala do seu crescimento como mulher e como pessoa. São seis temas inéditos, quatro deles foram compostos pela própria, outros dois por Hernâni Almeida e Nelo. Os mindelenses deram o "feedback" positivo ao trabalho que a cantora apresentou.
No outro palco entraram em cena os Cordas do Sol. Uma banda de Santo Antão, ilha vizinha de São Vicente. Com a energia e dinâmica que lhes é reconhecida conseguiram uma boa interação com o público presente. A banda tricontinental Ayon, com músicos do Brasil, Angola, Itália e Portugal, fez dançar a praça D. Luís com os seus ritmos Brasileiros e Africanos. Vinda de Portugal, a banda Acácia Maior fez-se acompanhar por duas vozes femininas, Debora Paris, Eliana Rosa e também por Lulas (Cachupa Psicadélica), que interpretou o hit da banda "Catá Bórre". Um concerto inesquecível para a banda, uma vez que nunca tinham tido tanto público, e por ter sido em Cabo Verde, terra que inspira as suas composições.
Ary Kueka deu um concerto muito aplaudido. Depois de ter composto temas que brilharam nas vozes de Ceuzany, Tito Paris ou Mirri Lobo, o artista que dividiu a sua vida entre São Vicente e Santo Antão gravou o álbum que apresentou nesta oitava edição do AME, "Sampadiu". Mas a primeira noite foi fechada com chave de ouro por outra artista da casa. Ceuzany, com uma garra poderosa soltou a alegria e o sentimento do 'seu povo', que com ela cantou e dançou temas como "Cabo Verde Lá Fora", e vibrou com a morna "Mindel d'Novas". As saudades que a cantora tinha do seu público de São Vicente eram recíprocas, e agora sente-se preparada para voltar a correr os palcos internacionais interpretando a música de Cabo Verde.
O segundo dia começou com um concerto mais privado, no espaço Pont D'Água. A cantora guineense Karyna Gomes, apresentou o seu segundo álbum, que foi lançado recentemente, e a que deu o nome de "N'na", que significa mamã em várias línguas africanas. Um disco mais pop e moderno mas que mantém a raiz e forma de cantar de Karyna. No mesmo espaço esteve também o jovem artista Fábio Ramos, antes de Dieg pisar o palco da Praça Nova para apresentar o seu trabalho. Depois te projetos como "Azagua" e muitas parcerias com digressões internacionais, o músico cabo-verdiano deu agora um passo em frente apostando na sua carreira a solo.
A música moçambicana chegou através de Selma Uamusse. Sempre muito interativa, a cantora chegou a descer do palco para carinhosamente caminhar e cantar no meio dum público rendido à sensibilidade da sua música. Também Diva Barros deu a conhecer o álbum "um Bem Dum Cavaquim". Fattu Djakité, nascida na Guiné Bissau, mas desde criança a viver em Cabo Verde, deu um concerto muito bem preparado, a sua performance continua a encher o palco e a força da sua voz não deixa ninguém indiferente como ficou registado na interpretação que fez do tema de Tcheka, "Madalena", que Fattu cantou à capela. A noite terminou com Mamadou sulabanku, a viver no Mindelo desde o ano 2000, o cantor nascido no Senegal em 1972 trouxe ao AME os sons da África ocidental.
O Atlantic Music Expo vai prosseguir na cidade da Praia onde a expectativa para vêr e ouvir a nova formação de Os Tubarões é grande. Os portugueses Scuro Fitchadu despertam a curiosidade a nível internacional, assim como muitos outros músicos apostam na sua participação no evento.
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