Eleições vão decorrer no dia 24 de agosto.
Políticos angolanos que participaram este domingo num culto ecuménico em Luanda acreditam que as eleições de 24 de agosto vão ser disputadas de forma pacífica, mas a oposição aproveitou para criticar a postura da Comissão Nacional Eleitoral (CNE).
Dirigentes de vários quadrantes políticos, estiveram hoje num culto ecuménico em prol das eleições, com o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) representado ao mais alto nível, pelo presidente do partido e candidato a um segundo mandato presidencial e a primeira-dama, bem como vários membros do seu governo e o presidente da Assembleia Nacional.
Na celebração compareceram também integrantes da União Total para a Independência de Angola (UNITA), principal partido da oposição, e da CASA-CE, terceira força política, que convergiram hoje numa mensagem positiva sobre o período eleitoral.
O culto ecuménico, que decorreu no estádio 11 de novembro, foi convocado pelo Conselho das Igrejas Cristãs em Angola (CICA), Aliança Evangélica de Angola (AEA) e Fórum Cristão Angolano sob o lema "Orai pelas autoridades para que tenham uma vida tranquila", com vista a sensibilizar os eleitores angolanos para que as eleições decorram em ambiente de paz e tranquilidade.
Carolina Cerqueira, ministra de Estado para a Área Social do executivo do Presidente angolano, João Lourenço, que se recandidata a um novo mandato e terceira na lista do MPLA, disse à Lusa que a cerimónia deixou uma mensagem de concórdia, paz e unidade.
"As eleições vão ter lugar na próxima quarta-feira e pensamos que esta expressão de religiosidade, alegria e confiança no futuro, dos religiosos e cidadãos, é uma prova da maturidade política dos angolanos e da nossa vontade firme em continuarmos a trilhar os caminhos da paz, da reconciliação e da unidade", disse a dirigente do MPLA e candidata a presidente a Assembleia da República.
As eleições serão pacíficas, afiançou Carolina Cerqueira.
"Tudo faremos para que Angola diga sim à paz, diga sim às pontes de solidariedade, alegria e amor ao próximo e de uma pátria reconciliada consigo própria", destacou.
Também o deputado e dirigente da UNITA Nelito Ekukui, disse que o partido quis estar presente para ouvir a mensagem de Deus e "porque está aqui o povo de Deus que veio interceder para que as eleições decorram num clima de paz e tranquilidade".
O secretário provincial de Luanda salientou que a UNITA tem "a sua visão" sobre o país e o processo eleitoral e vai manter a sua agenda dentro do estrito cumprimento legal.
"As eleições têm de ser pacíficas, nós alcançámos a paz há 20 anos e não há motivos para haver um clima de suspeições sobre um ambiente de instabilidade pós-eleitoral", sublinhou, garantindo que a UNITA vai continuar a lutar pela verdade: "Vai litigar nos tribunais e vai recorrer até à última instância para que o processo ocorra dentro da Constituição e da lei".
Nelito Ekukui discordou, no entanto, dos pastores e reverendos quanto aos louvores relativos ao papel da Comissão Nacional Eleitoral, uma das entidades a quem foram hoje consagradas preces.
"A CNE tem estado a falhar muito, publicou os cadernos eleitorais a dez dias das eleições quando deveriam ser 30, tardou no credenciamento dos delegados de lista", entre outras violações, apontou o deputado.
"É o que estamos a denunciar e vamos continuar a litigar nos tribunais, dentro do cumprimento da lei", acrescentou o dirigente da UNITA.
Milhares de fiéis de diferentes confissões religiosas cristãs, sobretudo evangélicas e protestantes, confluíram hoje ao estádio para rezar pela paz eleitoral e celebrar súplicas pela nação, pelas eleições gerais, pela paz e pelos candidatos a corrida eleitoral.
Angola vai a eleições no dia 24 de agosto, para escolher um novo Presidente da República e representantes na Assembleia Nacional, uma votação disputada por oito formações políticas e que se adivinha renhida entre os principais rivais, MPLA e UNITA.
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