Angola tem estado a preparar-se para enfrentar o choque crise energética e alimentar provacada pela guerra na Ucrânia.
O Presidente angolano, que discursou este sábado como presidente do MPLA num comício, no Huambo, admitiu que os preços da gasolina podem descer nos próximos meses devido o aumento da oferta de produtos refinados, já a partir de junho.
João Lourenço cumpriu mais uma etapa das suas visitas às províncias em tom de pré-campanha eleitoral, seguindo o modelo adotado nas anteriores deslocações ao Cunene e a Cabinda: começou com inaugurações, nas vestes de chefe de Estado, e culminou com um ato de massas, como líder do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder em Angola desde a independência em 1975.
Tal como nos discursos anteriores, João Lourenço apontou várias conquistas do atual governo, evocando o centenário do nascimento de Agostinho Neto, primeiro presidente do país, para lembrar as suas "sábias" palavras, afirmando o empenho em "resolver os problemas do povo".
"É o que temos vindo a fazer ao longo do nosso mandato, um pouco por todo o país", disse apontando uma série de infraestruturas nas áreas de habitação, saúde, agua e energia e que são também oportunidades de emprego.
Falou também sobre as eleições, previstas para agosto, apelando a que todos exerçam o seu direito de voto, não só para dar a vitória ao MPLA, mas para "garantir que esse esforço de resolver os problemas do povo continue" e prometeu que, no próximo mandato, fará muito mais, porque "não vai haver covid nem 19, nem 20, nem 21".
A missão é também atingir o pleno emprego, continuou, afirmando que esta pode ser conseguida se houver conjugação entre o publico e o privado.
O líder do MPLA abordou também a crise económica provocada pelo conflito na Ucrânia, que fez disparar os preços dos combustíveis e dos bens alimentares, sublinhando que o país se tem estado a preparar para enfrentar o choque desta crise energética e alimentar.
"Felizmente, tivemos a visão de não nos contentarmos em ser apenas um grande produtor de petróleo em bruto", disse, lembrando que as pessoas e as indústrias, consomem produtos refinados, como o gasóleo e gasolina.
"Gabávamo-nos de sermos um grande produtor de petróleo, mas éramos também um grande importador de derivados de petróleo, uma situação que estava muito errada", salientou João Lourenço, apontando o desenvolvimento recente das refinarias no país.
Embora não esteja ainda resolvido o problema da refinaria do Lobito, João Lourenço, disse que se criaram condições para que o setor privado investisse em refinarias mais pequenas, acrescentando que ainda este ano Cabinda vai iniciar a produção e na sexta-feira foi lançada primeira pedra da refinaria do Soyo, esperando-se produzir 160 mil barris/dia nas duas refinarias em 2025.
Além disso, anunciou que, em junho, a refinaria de Luanda vai passar a produzir quatro vezes mais gasolina, um aumento de oferta que pode significar um descida dos preços a partir de junho ou julho.
Falou ainda sobre a necessidade de reduzir o peso da economia informal, insistindo que o emprego "é um direito que cabe a todos os cidadãos" e destacou que cerca de 150 mil vendedores saíram da informalidade com a implementação do PREI (Programa de Reconversão da Economia Informal).
Indicou também outras medidas que o executivo tem tomado para baixar o custo de vida dos cidadãos como a redução do IVA em alguns produtos, aumento do valor do salário mínimo e reserva alimentar estratégica, voltando a lançar um apelo ao aumento da produção de alimentos, não só para consumo interno, mas para exportação.
E porque "nem só de política vive o homem", João Lourenço terminou o comício, anunciando que antes de agosto, vai começar a ser construído um estadio no Huambo.
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