João Lourenço defendeu a "necessidade urgente" da criação de um bom ambiente de negócios.
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O Presidente angolano, João Lourenço, defendeu a "necessidade urgente" da criação de um bom ambiente de negócios em África para os investidores que se confrontam muitas vezes com práticas que "entravam negócios e estimulam a corrupção".
"Há cada vez mais a nível geral no nosso continente a perceção clara e objetiva de que se impõe com urgência a necessidade da criação de um ambiente de negócios isento de práticas desencorajantes para os investidores", afirmou, na terça-feira, quando discursava na abertura do 5.º Fórum Investir África (FIA5), que decorre, até quinta-feira, em Brazzaville, República do Congo, segundo um comunicado da presidência angolana divulgado esta quarta-feira.
Segundo o chefe de Estado angolano, os investidores confrontam-se com procedimentos das administrações públicas que "entravam os negócios, estimulando assim a corrupção" e outros comportamentos negativos que lesam os seus interesses, "afastando-os desta forma dos mercados dos países" africanos.
Para o Presidente angolano, os desafios para o desenvolvimento do continente africano não terão a concretização possível "ou pelo menos com a fluidez e a qualidade desejáveis", se "não se fizer uma aposta reiterada nas pessoas e principalmente nos jovens".
"É imprescindível insistir na política de qualificação dos nossos povos e promover uma maior socialização do conhecimento e da inovação tecnológica, habilitando-os para uma melhor e mais positiva intervenção nos processos de desenvolvimento", defendeu.
João Lourenço referiu que as novas tecnologias assumem esta quarta-feira um papel incontornável no processo de desenvolvimento das nações que "têm de estar preparados para lidar com esta realidade que coloca os desafios da quarta revolução industrial".
O FIA5 decorre sob o lema "Parcerias para Promover a Diversificação Económica e a Criação de Empregos nas Economias Africanas" uma organização conjunta do Governo congolês, autoridades chinesas e o Banco Mundial (BM).
A participação chinesa no encontro foi também realçada pelo Presidente angolano, assinalando o seu "papel crucial no apoio ao desenvolvimento dos países africanos" nas últimas décadas, referindo que o formato do fórum deverá servir para o "aperfeiçoamento das relações".
João Lourenço referiu ainda que a ajuda do Banco Mundial será fundamental para ajudar os países africanos a ultrapassarem "os fatores constrangedores" para o desenvolvimento em África.
O chefe de Estado angolano recordou as ações em curso no país para a melhoria do ambiente de negócios e para garantir condições de "estabilidade macroeconómica imprescindíveis" nesse domínio como a consolidação fiscal, a redução da taxa de inflação, a normalização gradual do mercado cambial e de outros indicadores.
"Estamos a realizar esse esforço com o apoio do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial, com os quais não só temos vindo a trabalhar com muito bons resultados no sentido de melhorarmos o ambiente de negócios em Angola", adiantou.
Na intervenção, assegurou "aos investidores em geral e aos chineses em particular", que com as ações em curso lideradas pelo executivo angolano estão lançadas as bases de "transparência, livre concorrência e proteção jurídica dos seus investimentos" para realizarem investimentos seguros em Angola.
Entre as vantagens de Angola, João Lourenço destacou a sua privilegiada localização geográfica, a sua ligação com outros mercados no mundo e em África, por via marítima, ferroviária e rodoviária, e um serviço de telecomunicações de nível aceitável.
O Fórum Investir África é uma plataforma internacional de cooperação multilateral e investimentos no continente, instituído em 2015, que reúne anualmente vários atores e representantes dos setores público e privado da China e de África, organizações internacionais e regionais.
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