Passagem do presidente formou um tumulto e uma grande aglomeração.
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O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, surpreendeu esta quinta-feira e saiu a pé do Palácio do Planalto, sede da presidência, e foi até ao Supremo Tribunal Federal (STF), que fica do outro lado da Praça dos Três Poderes, em Brasília. A visita não constava nem na agenda de Bolsonaro nem na do presidente do tribunal, Dias Toffoli, que o recebeu.
Bolsonaro, desta feita usando máscara, o que não é usual nele, foi acompanhado de dois ministros generais, Braga Neto, da Casa Civil, e Fernando Azevedo e Silva, da Defesa, e de um civil, Paulo Guedes, ministro da Economia. Para espanto dos populares que diariamente se deslocam à praça, um dos pontos turísticos de Brasília, eles cruzaram o local a pé, formando naturalmente tumulto e uma grande aglomeração, algo contra-indicado num momento em que as infeções e as mortes por coronavírus no Brasil dispararam.
Na reunião com Dias Toffoli, Bolsonaro repetiu a sua defesa da necessidade do fim imediato das medidas restritivas e de quarentena adotadas por estados e cidades em todo o Brasil como forma de se tentar reduzir o ritmo de propagação do coronavírus. Aparentemente ignorando ou menosprezando o facto de na véspera, quarta-feira, o Brasil ter registado o trágico recorde de 615 mortes por coronavírus em 24 horas, Jair Bolsonaro reforçou que as medidas de isolamento social decretadas por governadores de estado e autarcas já se prolongaram por demasiado tempo e estão a destruir empregos e que, por isso, e já que as mortes continuam a acontecer, é necessário retomar a atividade normal.
O presidente, que desde o início da pandemia tem negado sistematicamente a gravidade do coronavírus, pediu ao presidente do Supremo Tribunal que a justiça não suspenda ou altere medidas que ele pretende tomar para acabar com as quarentenas ou, ao menos, flexibilizá-las bastante. Decretos de Bolsonaro proibindo medidas restritivas têm sido anuladas pelo Supremo Tribunal, que reconheceu a governadores de estado e autarcas o direito de serem eles a decidir as medidas que considerem mais adequadas para os seus territórios.
E Bolsonaro avisou o magistrado que, já que lhe tiraram o poder de acabar com as medidas de isolamento, vai assinar um decreto aumentando o número de categorias profissionais consideradas como exercendo atividades essenciais. Na prática, dependendo do número de categorias que ele adicionar, Bolsonaro tornará sem grande efeito as medidas de isolamento, que só permitem o funcionamento de atividades consideradas essenciais, uma medida que ele já tentou e foi travada pelo STF mas na qual parece querer insistir apesar do momento dramático no país.
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