"Há uma luta europeia a travar" considerou Emmanuel Macron.
O presidente francês, Emmanuel Macron, reclamou esta quinta-feira medidas europeias a favor dos agricultores, que organizaram protestos em vários países, como simplificações "tangíveis" da Política Agrícola Comum e uma força especial para "evitar" a "concorrência desleal" entre Estados-membros.
"Há uma luta europeia a travar" considerou o responsável, argumentando ser necessária uma "Europa mais forte e mais concreta para proteger o rendimento" dos agricultores, assim como "uma redução drástica da burocracia e da complexidade".
Na conferência de imprensa após a cimeira europeia extraordinária em Bruxelas para aprovar a ajuda financeira de 50 mil milhões de euros à Ucrânia, o líder francês defendeu "simplificações concretas e tangíveis" a partir do final deste mês e garantiu que a "Europa não é surda", que o "desafio é imenso", mas que há meios para responder, depois de o principal sindicato agrícola francês, a FNSEA, ter acusado Bruxelas de "surdez" face à expectativas e exigências dos agricultores.
Macron instou ainda à criação de uma "força europeia de controlo sanitário e agrícola" para verificar se as regras comunitárias são aplicadas da mesma forma e com "controlos homogéneos".
O presidente francês notou que se deve acautelar que os grandes centros europeus de compras não contornam as regras, enquanto ao seu primeiro-ministro, Gabriel Attal, solicitou que implementasse "respostas" concretas a favor da simplificação, "o mais tardar no Salão Agrícola", que se inicia no próximo dia 24.
Outro ponto abordado foram as trocas com a Ucrânia, referindo que os mecanismos para conter grandes importações de aves, açúcar e ovos serão alargados a cereais, uma reivindicação do setor dos cereais em França.
Este "mecanismo de salvaguarda reforçado" permitirá a "intervenção" em caso de desestabilização dos preços dentro da União Europeia, com direitos aduaneiros além de determinados "tetos".
O presidente francês congratulou-se também por ter garantido que o polémico acordo comercial entre a UE e os países latino-americanos do Mercosul não tinha "sido concluído à pressa como alguns ameaçaram fazer". "Porque levantámos a voz, porque mostrámos inconsistências", concluiu.
O primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o chefe do Governo dos Países Baixos, Mark Rutte, reuniram-se com representantes dos agricultores para debater os problemas do setor, nesta quinta-feira em que houve protestos de agricultores em vários países da União Europeia (UE), incluindo em Portugal.
Os três dirigentes europeus reuniram-se com representantes da Copa Cogeca, a confederação agrícola europeia que representa mais de 22 milhões de agricultores e 22 mil cooperativas, tendo a líder do executivo comunitário referido na sua conta na rede social X (antigo Twitter) que o setor agrícola pode "contar com o apoio europeu".
"Estamos a lidar com os desafios de curto prazo e os desafios estruturais" que os agricultores enfrentam, referiu também Ursula von der Leyen.
A Comissão Europeia vai preparar com a presidência semestral belga do Conselho da UE uma proposta para a redução de encargos administrativos dos agricultores, que será debatida pelos ministros da Agricultura dos 27 Estados-membros do bloco europeu no próximo dia 26 de fevereiro.
"Sou muito sensível à mensagem de que os agricultores estão preocupados com os encargos administrativos", referiu também Von der Leyen, em declarações no final da reunião extraordinária do Conselho Europeu, que hoje decorreu em Bruxelas.
Entretanto, a maioria dos sindicatos agrícolas franceses apelou hoje para a suspensão dos bloqueios de estradas no país.
"O movimento não para, transforma-se", declarou o presidente da Federação Nacional dos Sindicatos Agrícolas (FNSEA), Arnaud Rousseau, numa conferência de imprensa.
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