"É absolutamente necessário que a nossa diplomacia seja mais ativa", afirmou Carlos Vila Nova.
O recém-empossado Presidente da República de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, defendeu este sábado uma "mudança drástica de atitude e no modo" como o país concebe e implementa a cooperação internacional.
"É absolutamente necessário que a nossa diplomacia seja mais ativa, mais interveniente e reforce em permanência a credibilidade externa do nosso país", afirmou Carlos Vila Nova, no seu discurso após prestar o juramento enquanto chefe de Estado são-tomense.
"A ajuda e a cooperação internacional não estarão jamais à altura desta nossa ambição coletiva, nem tão pouco seria justo que a nossa felicidade assentasse em esforços alheios ou de terceiros", disse o chefe de Estado, defendendo que "o país tem necessariamente de abrir-se ao mundo, alargar os seus limites de cooperação, não só a outros parceiros, mas igualmente às novas áreas de saber e de atividade."
Vila Nova precisou que "tudo isso deve ser acompanhado de uma mudança drástica de atitude e no modo como se concebe e se implementa a cooperação internacional".
"São Tomé e Príncipe não tem de ser omnipresente. Mas, tem de estar presente lá onde tem uma palavra a dizer, lá onde é preciso defender os seus direitos de nação livre e soberana e os seus cidadãos, lá onde é necessária a nossa solidariedade, enfim, lá onde é preciso construir a paz e lutar contra o racismo, a xenofobia, os extremismos, a segregação e demais formas de discriminação," explicou.
Enquanto comandante supremo das forças armadas, Carlos Vila Nova considerou também que "a cooperação internacional mais uma vez é fundamental" para ajudar o país, localizado no Golfo da Guiné, a fazer face aos desafios impostos pelas "novas formas de criminalidade internacional" e "garantir a integridade nacional, a paz e a tranquilidade interna."
"As ameaças são reais e o país precisa de uma força armada operativa, eficaz e em permanente prontidão, moderna e devidamente apetrechada. A sofisticação e a complexidade das ameaças dos dias de hoje impõem respostas que se encontram fora do nosso alcance, o que faz da cooperação internacional e multilateral um instrumento imprescindível para o nosso Estado", defendeu Caros Vila Nova.
O chefe de Estado agradeceu "em particular os Estados Unidos da América, Portugal e a República Federativa do Brasil, pelos excelentes laços de cooperação" no domínio da defesa.
Carlos Vila Nova, 62 anos, foi hoje empossado como quinto Presidente de São Tomé e Príncipe, após ter vencido as eleições com o apoio do partido Ação Democrática Independente (ADI, oposição), com 57,54% dos votos, derrotando Guilherme Posser da Costa, apoiado pela atual maioria parlamentar MLSTP-PSD/PCD/MDFM/UDD, que suporta o executivo chefiado por Jorge Bom Jesus.
A assistir a esta cerimónia na Assembleia Nacional, em São Tomé, estavam, entre outros convidados, o Presidente da República de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, e o Presidente da República da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló -- os dois países que se fizeram representar ao mais alto nível.
Angola fez-se representar pelo seu vice-presidente, Bornito de Sousa, assim como a Nigéria, pelo vice-presidente Yemi Osinbajo, a Guiné Equatorial pelo presidente da Câmara dos Deputados, Gaudêncio Mesu, o Gabão pelo presidente da Assembleia Nacional, Faustin Boukoubi, e Cabo Verde pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Integração Regional, Rui Figueiredo Soares.
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