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Primeira-ministra italiana quer tarifas norte-americanas abolidas e não multiplicadas

Governante cancelou, esta quinta-feira, a sua agenda para se concentrar na introdução das novas tarifas.

03 de abril de 2025 às 21:53

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, defendeu, esta quinta-feira, que as taxas alfandegárias impostas por Washington devem ser abolidas e não multiplicadas.

"Precisamos de iniciar uma discussão franca sobre a substância com os norte-americanos, com o objetivo, na minha opinião, de abolir os direitos aduaneiros, não de os multiplicar", argumentou a italiana, numa breve entrevista à emissora pública Rai1, referindo-se a uma possível retaliação por parte da União Europeia.

Depois de ter lamentado a "má medida" na quarta-feira, a governante cancelou, esta quinta-feira, a sua agenda para se concentrar na introdução das novas tarifas decididas pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, tendo convocado uma reunião com os seus principais ministros.

"Temos obviamente um problema, mas não é certamente a catástrofe de que algumas pessoas estão a falar", comentou esta noite Meloni, que fará "um estudo do impacto real setor a setor" relativamente a Itália.

Também informou que se reunirá com representantes dos vários setores "na próxima semana" para "procurar as melhores soluções".

A nível europeu, "temos obviamente de partilhar as nossas propostas com os parceiros europeus", anunciou a italiana, para quem não é a melhor solução "responder a direitos aduaneiros com outros direitos aduaneiros".

Denunciando "os direitos aduaneiros que a União Europeia se impôs a si própria", apelou a que se repensem as "regras ideológicas" do Pacto Verde - o ambicioso plano climático da UE que visa a neutralidade carbónica até 2050 - citando os prejuízos sofridos pela indústria automóvel, atingida por direitos aduaneiros de 25% dos EUA.

"Talvez seja necessário rever o Pacto de Estabilidade nesta fase", sugeriu.

A Itália, a terceira maior economia da zona euro, tornou-se recentemente o quarto maior exportador mundial. Cerca de 10% das suas exportações destinam-se aos Estados Unidos.

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