"Foi um ato de pirataria apoiado pelo Estado" bielorrusso, indicou o dirigente conservador grego.
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O primeiro-ministro grego Kyriakos Mitsotakis assegurou hoje não existir "qualquer prova" da presença de eventuais agentes do KGB, os serviços secretos bielorrussos, "ou de outros serviços de segurança" no avião desviado domingo e onde viajava o opositor Roman Protasevich.
"Absolutamente nenhuma, zero", indicou em entrevista ao diário alemão Bild. "E efetuámos um inquérito muito aprofundado", acrescentou, numa referência o voo comercial da Ryanair que efetuava a ligação entre Atenas de Vilnius.
As declarações do chefe do Governo grego seguem-se às declarações do patrão da companhia aérea irlandesa, Michael O'Leary, ao garantir na segunda-feira que agentes dos serviços de segurança bielorrussos eram suspeitos de se encontrarem a bordo do avião desviado, e que suscitaram uma firme condenação dos países ocidentais.
"Pensamos que agentes do KGB também desembarcaram no aeroporto", indicou na ocasião.
"O que se passou é muito claro", sublinhou hoje Mitsotakis.
"Foi um ato de pirataria apoiado pelo Estado" bielorrusso, indicou o dirigente conservador grego, para quem também não existem provas de que o jornalista detido tenha sido "seguido ou pressionado" antes da descolagem do aparelho na capital grega.
Segundo o diário Kathemerini, o opositor bielorrusso terá sido abordado no aeroporto de Atenas por um homem que falava russo e lhe tirou uma foto.
Em paralelo, as autoridades russas negaram hoje a um voo de Viena a Moscovo da Austrian Airlines autorização para alterar a rota seguindo a recomendação da União Europeia de evitar o espaço aéreo da Bielorrússia, em resposta ao desvio de um voo comercial no passado domingo.
"A alteração da rota deve ser aprovada pelas autoridades. As autoridades russas não emitiram essa autorização", indicou a porta-voz da empresa ao indicar o motivo do cancelamento do voo OS601.
A Austrian Airlines e a sua principal empresa, as linhas aéreas alemãs Lufthansa, decidiram seguir a recomendação emitida segunda-feira pela União Europeia para que as companhias aéreas evitem o espaço aéreo da Bielorrússia, que também proibiu as companhias aéreas bielorrussas de sobrevoarem o espaço aéreo comunitário.
A Bielorrússia é acusada de ter desviado, no domingo, um avião da companhia aérea irlandesa Ryanair para Minsk, a fim de deter Roman Protasevich, de 26 anos, que estava a bordo.
Várias instituições e países ocidentais condenaram a ação das autoridades bielorrussas, que asseguram ter agido dentro da legalidade ao intercetar o voo comercial, argumentando que havia uma ameaça de bomba feita pelo grupo palestiniano Hamas.
Roman Protasevich foi diretor dos canais Telegram Nexta e Nexta Live, que se tornaram as principais fontes de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020 na Bielorrússia.
O ativista e a sua companheira foram detidos pelas autoridades bielorrussas no domingo, quando os cerca de 120 passageiros do avião da companhia aérea irlandesa Ryanair -- que fazia a rota Atenas-Vílnius -- foram forçados a submeter-se a novo controlo em Minsk, devido ao alerta de bomba que não se confirmou.
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