Ministro disse acreditar que a ideia inicial da Rússia é apostar na força como ameaça para desestabilizar a Ucrânia.
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmitri Kuleba, disse esta quinta-feira que a prioridade de Kiev é que a Rússia não consiga "desestabilizar" o país, mas que não descarta nenhum outro cenário, incluindo uma guerra.
"A nossa prioridade é que a Rússia não tenha sucesso no seu plano de desestabilizar a Ucrânia, mas estamos preparados para qualquer cenário", afirmou Kuleba, numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo dinamarquês, Jeppe Kofod.
O ministro adiantou acreditar que a ideia inicial da Rússia é apostar na força como ameaça para desestabilizar a Ucrânia, usando também ciberataques e uma campanha de desinformação, para forçar o país a fazer concessões.
A Rússia, a Ucrânia, a França e a Alemanha decidiram na quarta-feira, em Paris, reunir-se novamente daqui a duas semanas, em Berlim, para negociar uma redução da escalada de tensão entre Moscovo e Kiev sobre a região de Donbass e garantiram estar decididos a reduzir as diferenças entre as suas posições.
O ministro ucraniano considerou hoje que a continuação das negociações no início de fevereiro "é uma boa notícia", já que isso implica que, até então, Moscovo continuará a seguir a via diplomática.
"Estamos prontos para continuar no caminho dos Acordos de Minsk (de 2014 e 2015), mas a Rússia tem que ir à reunião de boa-fé e com o propósito de contribuir para que haja progressos", afirmou.
No entanto, o chefe da diplomacia ucraniana salientou que o seu país não aceitará qualquer solução sobre a Ucrânia que seja tomada sem ter em conta a sua opinião.
Kiev considera essencial que sejam enviadas mensagens políticas coordenadas para convencer a Rússia do "fracasso que será uma operação militar", mas também preparar sanções económicas, fortalecer a cooperação militar e económica com os seus aliados ocidentais e reforçar a segurança na Ucrânia.
O Governo dinamarquês anunciou hoje a transferência de 550 milhões de coroas (74 milhões de euros) para apoiar as reformas democráticas, os direitos humanos e a independência energética de Kiev.
Esta ajuda junta-se aos 860 milhões de coroas (116 milhões de euros) oferecidos anteriormente para apoio de várias iniciativas, incluindo da política de defesa.
Apesar de terem estado reunidos mais de oito horas na quarta-feira, os representantes da Rússia, Ucrânia, França e Alemanha não chegaram a nenhum acordo sobre o conflito em território ucraniano, mas prometeram novas negociações nas próximas duas semanas na capital alemã.
As conversas concentraram-se no acordo de paz de Minsk e a declaração não abordou as preocupações atuais sobre uma invasão russa da Ucrânia.
De acordo com um enviado do Kremlin a Paris, Moscovo e Kiev concordaram também com a necessidade de manter o cessar-fogo na região do leste da Ucrânia, onde separatistas pró-russos autoproclamaram as Repúblicas de Donetsk e de Lugansk.
Os representantes dos países do Formato Normandia, que junta Alemanha, França, Rússia e Ucrânia, reuniram-se na quarta-feira, em Paris, para tentar desbloquear o processo de paz na região ucraniana de Donbass.
O encontro envolveu conselheiros políticos dos líderes dos quatro países, que têm dialogado sobre o conflito entre as autoridades ucranianas e separatistas pró-Moscovo.
A reunião na capital francesa decorreu num momento de elevada tensão entre a Rússia e o Ocidente sobre uma eventual invasão da Ucrânia, em cuja fronteira Moscovo concentrou milhares de tropas nos últimos meses.
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