Pelo menos quatro centros de saúde estiveram encerrados até março, no distrito de Mogovolas, após serem vandalizados devido a uma onda de desinformação sobre a propagação de cólera.
A unidade de saúde de Nanhupo-Rio, no distrito de Mogovolas, reabriu, depois de encerrada desde dezembro após ser vandalizada em tumultos relacionados com o surto de cólera, anunciaram esta quinta-feira as autoridades moçambicanas da província de Nampula, norte do país.
"A unidade sanitária já foi aberta, todas as atividades já estão a acontecer, os funcionários encontram-se lá e neste momento não houve nenhum tumulto por parte da comunidade. Estamos a trabalhar em harmonia", disse a diretora provincial de saúde de Nampula, Selma Xavier, em declarações à Lusa.
Pelo menos quatro centros de saúde estiveram encerrados até março, no distrito de Mogovolas, após serem vandalizados devido a uma onda de desinformação sobre a propagação de cólera, numa altura em que também se registavam manifestações pós-eleitorais em todo o país.
A diretora provincial de saúde de Nampula disse à Lusa que a reabertura deste centro de saúde foi acompanhada por campanhas de sensibilização comunitária para evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer, ações que envolvem líderes comunitários e associações locais, em que se apela à população para procurar informação credível junto das autoridades de saúde e colaborar na prevenção de doenças como a cólera, em vez de recorrer a atos de violência.
A servir uma população estimada entre 50 a 60 mil habitantes, a unidade local é a segunda com maior volume de atendimentos no distrito de Mogovolas, naquela província do norte de Moçambique.
"Estamos a fazer brigadas móveis e a nova administradora tem feito encontros de auscultação com a comunidade para ver se não acontece novos atos de vandalismo", disse a diretora provincial de saúde de Nampula.
Em 20 de maio, a Lusa noticiou que as autoridades da província moçambicana de Nampula estavam a negociar com a Médicos Sem Fronteiras (MSF) a reconstrução do bloco operatório também vandalizado em dezembro, em Mogovolas.
O diretor dos Serviços Distritais de Saúde, Mulher e Acção Social de Mogovolas, Alimo Chea, explicou naquela altura à Lusa que, nestas conversações, a organização não-governamental internacional admitiu disponibilidade para "apoiar na reabilitação", estando já em curso as obras de reposição do sistema de gerador, que foi incendiado por populares, mas não o regresso dos elementos dos MSF ao terreno.
De acordo com o boletim da Direção Nacional de Saúde Pública, do Ministério da Saúde, com dados até 20 de julho, o surto de cólera, afetando cinco províncias do centro e norte, causou 64 pessoas e 4.420 infetados desde 17 de outubro, dos quais 3.590 na província de Nampula, norte do país, com 40 óbitos.
Mais de 1,7 milhões de pessoas foram vacinadas em maio contra a cólera na província de Nampula, correspondendo a 99% da meta inicial, anunciaram anteriormente as autoridades de saúde.
De acordo com os dados apresentados pelo responsável de saúde pública no Serviço Provincial de Saúde de Nampula, Geraldino Avalinho, a previsão apontava para a vacinação de 1.758.335 pessoas com idade igual ou superior a um ano em quatro distritos, tendo a campanha alcançado 1.744.737 pessoas do grupo alvo, de 17 a 21 de maio.
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