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Puigdemont mantém tabu sobre regresso à Catalunha

Líder separatista diz que o ideal seria realizar uma investidura presencial, mas não afasta nenhuma hipótese.

25 de janeiro de 2018 às 08:46

O líder independentista catalão Carles Puigdemont manteve esta quarta-feira o tabu sobre o seu regresso à Catalunha para ser investido como chefe do próximo governo, afirmando que não descarta "nenhuma hipótese", incluindo uma investidura à distância por videoconferência, que os responsáveis jurídicos do parlamento já garantiram ser ilegal.

"A investidura ideal seria a presencial. Mas há outros caminho e não descarto nenhum", afirmou Puigdemont, após um encontro em Bruxelas com o presidente do parlamento catalão, Roger Torrent. Questionado pelos jornalistas sobre a possibilidade de ser detido ao entrar em Espanha, o líder separatista catalão insistiu: "Há muitas possibilidades. Vamos tentar que seja possível até ao último momento."

Já Roger Torrent defendeu que a investidura deve decorrer "dentro da normalidade democrática", mas lembrou que Puigdemont "tem todo o direito a ser investido". "É preciso respeitar os mandatos emanados das urnas e a maioria parlamentar que quer investir Puigdemont", afirmou o presidente do parlamento.

O governo de Madrid teme que o líder separatista tente regressar de forma clandestina para ser investido e ordenou o reforço da vigilância nas fronteiras, de modo a que Puigdemont não consiga entrar "nem na mala do carro".

Delegação catalã de portas fechadas

"Atacaram regras básicas da democracia"

O rei Felipe VI de Espanha acusou ontem os independentistas catalães de tentarem "minar as regras básicas da democracia" e defendeu o respeito pela lei como "pedra angular" das sociedades democráticas.

O monarca espanhol falava no Fórum Económico Mundial, em Davos, onde alertou que a crise na Catalunha deve ser uma lição não apenas para Espanha, mas para toda a Europa. "A Constituição não é um mero objeto decorativo", avisou.

PORMENORES 

Torrent pagou viagem

O presidente do parlamento catalão optou por pagar do seu bolso a deslocação a Bruxelas, após críticas da oposição por usar fundos públicos para visitar um foragido à Justiça. "Assumi todas as despesas porque não quero gerar debate onde não existe", afirmou Torrent.

Guardia Civil faz buscas

A Guardia Civil fez ontem buscas nas sedes dos grupos pró-independência Assembleia Nacional Catalã e Ómnium Cultural, por suspeitas de servirem de veículo para financiar o referendo ilegal de outubro.

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