Conflitos entre a capital inglesa e Moscovo começaram após o envenenamento do ex-agente Serguei Skripal.
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O Presidente russo, Vladimir Putin, apelou esta quinta-feira a um "virar de página" nas suas relações com Londres, afetadas por diversos escândalos incluindo o envenenamento do ex-agente Serguei Skripal em maio de 2018.
"No final, é necessário virar esta página relacionada com os espiões e os ataques", considerou Putin durante um encontro com responsáveis de agências noticiosas à margem do Fórum económico de São Petersburgo (noroeste da Rússia).
Serguei Skripal, ex-coronel dos serviços de informações russos condenado por espionagem ao serviço do Reino Unido e de seguida envolvido numa troca com outros agentes duplos, foi encontrado inanimado com a sua filha Yulia num banco público em 04 de março de 2018 em Salisbury, sul de Inglaterra.
"Não fomos nós que vos espiámos com esta personagem que se diz ter sido envenenada em Salisbury. É o vosso agente, não o nosso. O que significa que foram vós que espiaram", explicou Putin.
As autoridades britânicas acusaram os serviços de informações russos (GRU) de tentarem envenená-lo através de um poderoso agente tóxico.
Moscovo desmente qualquer responsabilidade neste caso, que provocou uma profunda crise diplomática entre os dois países.
Skripal e a filha recuperaram após um internamento hospitalar.
"As questões globais ligadas aos interesses comuns dos nossos dois países nas esferas económica, social e securitária são mais importantes que os jogos dos serviços especiais", assinalou Putin.
"Gostaria que a pessoa que vai dirigir o governo [em Londres] tenha em consideração os interesses das 600 empresas britânicas que trabalham na Rússia", acrescentou.
Em paralelo, o líder do Kremlin assegurou "não ser absolutamente um problema" o facto de não ter sido convidado para o 75ª aniversário do desembarque de 06 de junho de 1944, que decorre na Normandia, e recordou que a Rússia "não convida toda a gente" para as suas cerimónias.
"Por que motivo me deveriam convidar para tudo? Sou um general de opereta? Tenho muitas coisas a fazer aqui, não é absolutamente um problema", declarou nas suas declarações à margem do Fórum empresarial.
O Presidente russo esteve presente no 70.º aniversário do Desembarque, em 2014, mas não foi convidado para o 75.º aniversário onde estão presentes, ao lado do chefe de Estado francês Emmanuel Macron, o seu homólogo norte-americano Donald Trump, a primeira-ministra britânica Theresa May, ou a chanceler alemã Angela Merkel.
Esta semana, Moscovo apelou para que não se "exagerasse" a importância do Desembarque aliado, ao recordar os 27 milhões de mortos soviéticos durante a Segunda Guerra Mundial.
"O Desembarque na Normandia não teve influência decisiva no desenrolar da Segunda Guerra Mundial (...) já determinada pela vitória do Exército Vermelho, sobretudo em Estalinegrado e Kursk", insistiu na quarta-feira a porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova.
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