Crianças passaram a estar em regime de família de acolhimento, que percebeu os indícios de maus-tratos apresentados pela filha mais velha.
Um casal foi condenado por maus-tratos e violência doméstica às filhas, à data com um mês e dois anos de vida, pelo Tribunal de Málaga, Espanha. O pai recebeu a sentença de 16 anos de prisão, enquanto a mãe foi condenada a quatro anos de cadeia. Para além das marcas de agressões, as crianças apresentavam ainda mordidas e queimaduras, de água quente ou cigarros.
O caso relatado pelo El Mundo dá conta de que o pai das crianças chegou a mergulhar a filha mais nova em água a ferver, tendo-lhe provocado queimaduras de segundo grau em 42% do corpo. O progenitor teve "intenção de prejudicar a integridade física" da bebé, de acordo com o relatório emitido pelo Tribunal espanhol. A bebé apresentava ainda hematomas na cara e marcas de mordidas, assim como fraturas nas restantes partes do corpo, relatam os médicos.
A criança apresentava ainda sinais de desidratação e desnutrição. Numa das vezes em que teve de ser encaminhada ao hospital, ficou internada por mais de 20 dias.
Já a família de acolhimento da filha mais velha relata que a menina apresentava "sinais de trauma", de acordo com os meios de comunicação espanhóis. Depois de chegar assustada, a criança escondia-se de forma frequente, acordava a gritar e tinha pesadelos. "Bebé queima, bebé dói", dizia a criança.
A pena da mãe foi atenuada depois de ter sido absolvida pelos crimes das lesões provocadas à bebé, no momento em que esta foi mergulhada em água a ferver, porque não estava em casa. O Tribunal adiantou ainda que foi a mulher a levar a filha ao hospital, depois de se aperceber do que tinha acontecido.
De acordo com o Tribunal, as crianças não tiveram qualquer forma de defesa. As meninas foram depois encaminhadas para uma situação de regime de acolhimento familiar.
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