Líderes mundiais reagem à polémica decisão de Trump.
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No seguimento da decisão de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de reconhecer Jerusalém como capital de Israel, vários meios de comunicação de Israel e da Palestina reagiram. Figuras da política internacional também deixaram as suas considerações à polémica decisão do presidente dos EUA.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, já agradeceu a decisão de Trump e considerou "a decisão do presidente é um passo firme para a Paz". Netanyahu apelou aos Estados membros das Nações Unidas para seguirem o exemplo norte-americano e transferirem as embaixadas para Jerusalém.
O primeiro-ministro Israelita disse-se "profundamente agradecido" a Trump pelo reconhecimento de Jerusalém como capital e afirma tratar-se de "um dia histórico", numa mensagem deixada em vídeo.
Guterres diz que "não há plano B"
PCP condena veementemente decisão de Trump
Em comunicado, o PCP considera que a decisão de Donald Trump "representa um apoio explícito por parte dos EUA à política sionista de Israel e uma agressão frontal ao martirizado povo palestiniano e provocação aos povos árabes, com perigosas e imprevisíveis consequências".
Para o partido, a decisão, associada à mudança da embaixada dos EUA para Jerusalém, é tão mais grave quando é tomada num momento em que se tornam cada vez mais claros os planos para uma nova escalada militar na região, que encerra o perigo duma enorme confrontação, com consequências para além do Médio Oriente.
"O PCP considera que o Governo português deve (...) condenar de forma inequívoca a decisão agora tomada pela Administração norte-americana", lê-se no comunicado.
Abbas diz que Jerusalém é a "eterna capital palestiniana"
O presidente palestiniano Mahmoud Abbas disse, esta quarta-feira, que Jerusalém é a "eterna capital do Estado da Palestina", em resposta ao anúncio de Donald Trump em reconhecer a cidade como capital de Israel.
Abbas referiu ainda que o anúncio hoje feito pelo presidente Trump "equivale a que os Estados Unidos abdiquem do seu papel como mediadores da paz" na região.
Hamas fala em "agressão flagrante" de Trump
O grupo Hamas afirmou que o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel por parte de Donald Trump e a decisão de mudar a embaixada dos Estados Unidos é uma "agressão flagrante contra o povo palestiniano".
União Europeia mostra-se preocupada com decisão dos Estados Unidos
A União Europeia expressou grande preocupação após a declaração onde Trump reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, afirmando que esta pode ter sérias repercussões nos planos de paz para a região.
"As aspirações de ambos os lados devem ser alcançadas e deve ser encontrada uma forma durante as negociações para resolver o estatuto de Jerusalém como a futura capital dos dois Estados", referiu Federica Mogherini.
Turquia condena decisão de Trump e apelida-a de "irresponsável"
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros condenou, esta quarta-feira, a decisão dos Estados Unidos de reconhecerem Jerusalém como a capital de Israel, apelidando-a de "irresponsável" e pedindo a Washington que "reconsidere" a decisão.
"Condenamos a declaração irresponsável da administração norte-americana. [...] Pedimos que reconsidere esta decisão que poderá resultar negativamente [...] e para evitar movimentos que possam prejudicar a identidade multicultural e histórica de Jerusalém", pode ler-se na declaração do Governo turco, citada pela Reuters
Egito contra decisão dos Estados Unidos de mudar a embaixada para Jerusalém
O Egito está contra a decisão dos Estados Unidos de mover a embaixada para Jerusalém, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros do país esta quarta-feira.
O Governo egípcio considerou ainda que o reconhecimento de Trump de Jerusalém como a capital de Israel não altera em nada o estatuto legal da cidade.
Irão "condena seriamente" decisão dos Estados Unidos
O Irão "condena seriamente" a decisão dos Estados Unidos de mover a embaixada para Jerusalém, referiu o governo do país numa declaração lida a partir do Ministério dos Negócios Estrangeiros. A declaração de Trump "viola as resoluções internacionais", consideram.
O líder Ayatollah Ali Khamenei já tinha referido, esta quarta-feira, que os EUA estavam a tentar desestabilizar a região e começar uma guerra.
Qatar diz que declaração de Trump é "pena de morte para a paz"
O minstro dos Negócios Estrangeiros do Qatar disse que a decisão de Trump de reconhecer Jerusalém como capital de Israel é uma "pena de morte para a paz". O sheik Mohammed bin Abdulrahman al-Than apelidou esta declaração como "muito perigosa".
al-Than disse hoje no Twitter que já tinha alertado Trump das "sérias implicações" em conversa telefónica.
Líbano diz que decisão ameaça estabilidade
O presidente do Líbano Michel Aoun disse que a decisão de Trump é "perigosa" e ameaça a credibilidade dos Estados Unidos como um mediador no processo de paz na região.
Reações nos meios de comunicação israelitas e palestinianos
O The Times of Israel acompanhou ao minuto todas as declarações de Trump e destaca que o presidente dos EUA considerou a decisão "necessária para chegar à paz". Quanto à ressalva deixada por Trump, sobre a solução de dois estados, o The Times of Israel reforça que o presidente dos EUA clarificou que este opção não deve tirar as atenções do "compromisso duradouro" dos EUA de encontrar solução para a paz na região, afirmando que os Estados Unidos estão disponíveis para facilitar um acordo "aceitável para ambas as partes".
Já a Al Jazeera diz que Trump "ignorou os avisos com a ‘mudança imprudente’ para Jerusalém". Este órgão de comunicação destaca ainda que o presidente dos EUA disse não tomar posições quanto a questões como a disputa de fronteiras e que irá "fazer tudo" ao seu alcance para que israelitas e palestinianos cheguem a um acordo.
A Al Jazeera falou com o político palestiniano Mustafa Marghouti, que para além de considerar a decisão "imprudente", classificou-a de "muito perigosa". "Não tem em consideração o que significa para 1.6 mil milhões de muçulmanos, 2.2 mil milhões de cristãos e 360 milhões de árabes. Vai ter sérias consequências e vai destabilizar a região, e definitivamente desequilibrar a situação da Palestina", considerou.
Em um discurso pré-gravado na televisão palestina, Abbas rejeitou o anúncio de Trump, que incluiu uma decisão de mover a embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém, uma medida que ele disse que "equivale a que os Estados Unidos abdicem do seu papel como mediadores da paz".
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